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2608 | I Série - Número 047 | 05 de Fevereiro de 2004

 

aquilo cuja aprovação nos propõe, que é o Programa que o Governo aqui submete, em mais de metade das suas páginas se limita apenas a pedir à oposição que vote a favor tudo aquilo que rejeitou, ou seja, a reforma da Administração Pública, o Orçamento para 2004, a privatização da segurança social, a política de saúde.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, terminou o seu tempo.

O Orador: - Concluo, Sr. Presidente.
Por isso compreenda, Sr.ª Ministra, que nessa base não há nenhum entendimento possível.

O Sr. João Teixeira Lopes (BE): - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra a Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças.

A Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças: - Sr. Deputado Francisco Louçã, relativamente ao primeiro ponto que abordou, que nada tem a ver com o que estamos a discutir, mas ao qual não deixo de responder, há uma coisa que só com muita dificuldade o senhor irá conseguir em relação a mim, ou seja, atrapalhar-me, como se eu estivesse a esconder alguma coisa ou como se eu tivesse feito alguma coisa em prejuízo do País.
Isso não vai conseguir nunca, Sr. Deputado!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - E o contrato?

A Oradora: - Quando o senhor receber o contrato - não estou a esconder absolutamente nada - verá que são volumes enormes, que estamos a preparar, a fazer as cópias…

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Há quatro meses?!

A Oradora: - Não é há quatro meses, Sr. Deputado! Eu só tenho todos os originais desde finais de Dezembro. Como é que o senhor pode falar em quatro meses?!

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Prometeu-nos em Novembro!

A Oradora: - Sr. Deputado, não é esse o tema que hoje está aqui em discussão, mas eu virei à Assembleia debater o que o senhor quiser sobre essa matéria, sem qualquer receio.
Quando diz que este Programa consubstancia o fracasso da política do Governo, lamento bastante que o Sr. Deputado não tenha nenhuma visão de médio prazo. A sua visão é sempre de curto prazo!
O Sr. Deputado admite mesmo que determinado tipo de consequências têm a ver com a política seguida?! Eu não estou convicta disso, mas aceito que o senhor faça essa análise. Está na oposição, pelo que é natural que a faça. Mas o senhor não é capaz de ter uma visão de médio prazo, que é aquilo que estamos aqui a discutir?! O senhor não é capaz de pensar no País em 2007, que é o que estamos aqui a fazer?!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

E o senhor é capaz de imaginar, com a política que defende para hoje, como seria Portugal em 2007?! Não é capaz de fazer esse exercício?!
Lamento que não seja capaz de fazê-lo, mas percebo que não seja capaz de fazer esse exercício porque, evidentemente, o Sr. Deputado vive do dia de hoje,…

A Sr.ª Isménia Franco (PSD): - Exactamente!

A Oradora: - … o Sr. Deputado não vive do dia de amanhã. E foi por causa disso que eu me dirigi ao maior partido da oposição, que é aquele que tem a vocação de poder. E, ao tê-la, necessitará algum dia, não sei quando,…

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Muito longe!