19 | I Série - Número: 061 | 17 de Março de 2007
associações empresariais ou em empresas e, portanto, o regime jurídico é um regime diferente.
A função dos técnicos de reconhecimento de validação e competência que o Sr. Deputado referiu tem sido, até ao momento, considerada uma função de natureza não permanente, com autonomia de função e sem subordinação hierárquica.
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Muito obrigado, Sr. Secretário de Estado… Faça favor de concluir.
O Orador: — É este o entendimento acerca da solução até este momento e, se houver razões para ele ser alterado, sê-lo-á devidamente sem qualquer tipo de problema.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para que efeito?
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — A figura que nós mais apreciamos é a da defesa da honra, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Mas porquê, Sr.ª Deputada?
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Porque o Sr. Secretário de Estado me imputou opiniões que correspondem exactamente ao contrário daquilo que penso…
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Mas isso não é uma ofensa!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Ai, eu sinto-me ofendida, Sr. Presidente…! Obviamente! Risos.
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Sr.ª Deputada, é porque vamos aqui abrir um precedente, mas eu não vou deixar que…
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Ó Sr. Presidente, eu não posso deixar passar em claro…
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Sr.ª Deputada, só há defesa da honra quando alguém é ofendido.
Se lhe tivesse chamado mentirosa, se a tivesse desacreditado ou se tivesse feito algo de ofensivo… Sr.ª Deputada, vou conceder-lhe a palavra para defesa da honra, mas vou ser muito rigoroso. Faça favor.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Sr. Presidente, eu apenas queria esclarecer o seguinte: o Sr. Secretário de Estado disse que depreendia das minhas palavras que «aprender não compensa». Ora, obviamente, qualquer pessoa que não seja inimputável entende que aprender compensa!! O que eu queria dizer era que os senhores, apesar dos vossos PowerPoints e dos vossos slogans não têm conseguido conter o desemprego das pessoas mais qualificadas. Portanto, os senhores produzem slogans e PowerPoints,…
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Nisso já reparámos!
A Oradora: — … mas a proporção relativa dos desempregados mais qualificados continua a aumentar e passou de 5,5% do total dos desempregados para 7,7%. Se isto não é uma falta de contenção…
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Sr.ª Deputada, peço desculpa, mas isso não é uma defesa da honra, isso é uma intervenção! Para dar explicações, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional.
O Sr. Secretário de Estado do Emprego e da Formação Profissional: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, em matéria de importância das qualificações e do discurso político no que respeita a essas mesmas qualificações, não tenho qualquer dúvida ou reticência sobre a preocupação relativamente ao desemprego de licenciados.
No entanto, a questão que se coloca do ponto de vista do discurso político é simples: quando falamos de qualificações e de desemprego, normalmente no discurso político aparece o problema dos licenciados.
Devo dizer que esse é dos elementos mais negativos do ponto de vista do discurso político que podemos