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16 | I Série - Número: 006 | 29 de Setembro de 2007

Ministro, manifestamente, esteve a falar daquilo que não sabe! Disse tantas coisas contraditórias entre si…

O Sr. Mota Andrade (PS): — Fala o génio!

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Tão contraditórias!

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Chegou o inteligente!

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — O que o Sr. Ministro disse sobre o preço da energia, sobre a entidade reguladora, sobre todas estas matérias, sobre Quioto, demonstra que o Sr. Ministro troca conceitos.
E ninguém que esteja lá fora, perceba do tema e tenha ouvido a sua intervenção dá um grama de respeito à política por causa do que o senhor disse.
Mas não vou contrariá-lo com as minhas palavras, com as da direita e da esquerda e com essa dicotomia que o senhor tem tão bem frisada na sua cabeça, mas que tão pouco se nota na acção do seu Governo. Vou responder-lhe com as palavras de um homem de esquerda, o autor do vosso trabalho. «O Sr. Ministro da Economia,…» — disse o Professor Oliveira Fernandes, que já foi seu colega de governo — «… durante este período da Presidência, fará com certeza muitas festas e celebrações em nome de um programa eólico para o qual não contribuiu sequer com um quilowatt. Na energia, o Governo tem claudicado. Temos recursos excepcionais. Só precisávamos de ser governados».
Era melhor que o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, em vez de se dedicar à demagogia, se dedicasse à governação, porque o País agradecia!

Aplausos do PSD.

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares: — Só sabe citar! Não tem nenhuma ideia!

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Seguro Sanches.

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Sr. Presidente, começando pela intervenção da Sr.ª Deputada Alda Macedo, gostava de dizer que, em relação à energia solar, Portugal tem, como sabe, a instalação de duas das maiores centrais fotovoltaicas do mundo. Estamos atrasados, é verdade! Mas, Sr.ª Deputada, sabe onde é que estamos atrasados também? Nas hídricas. Sabe qual é o potencial de aproveitamento das hídricas na Alemanha? É superior a 90%. A Sr.ª Deputada falou na Alemanha pró-solar. Pois deixe-me falar-lhe também na parte da hídrica, que é superior a 90%. Temos, portanto, de aproveitar os dois campos.

A Sr.ª Alda Macedo (BE): — Diversificar é isso mesmo!

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Aliás, em todos eles, como estamos a aproveitar.
Portanto, não vale a pena dizer que no solar ainda não aproveitámos da mesma forma, porque, como sabe, do ponto de vista tecnológico ainda haverá mais a desenvolver no aproveitamento das energias fotovoltaicas.
E não estou a falar, em relação à energia solar, no aquecimento das águas quentes, estou a falar nas fotovoltaicas, porque há mais a aproveitar aí, do que há, com certeza, nas hídricas. Aliás, no que diz respeito às hídricas, Portugal tem lições a dar a muitos países do mundo, porque tem preparada uma tecnologia do LNEC para construir barragens. Portanto, nós temos isso! É uma mais-valia do nosso país!

A Sr.ª Alda Macedo (BE): — E um «incentivozito»!

O Sr. Jorge Seguro Sanches (PS): — Em relação à intervenção do Sr. Deputado José Eduardo Martins, gostava apenas de dizer que tenho uma fé inabalável de que as intervenções do PSD comecem a ter mais conteúdo a partir dos próximos dias. Penso que todos ganharíamos com isso, ainda para mais quando todos reconhecemos que este debate é importante para o País.
Penso que faz sentido colocar aqui os argumentos que cada um dos partidos encontre para este tema, sejam eles os melhores ou não.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, concluído o debate, requerido pelo Grupo Parlamentar do PS, sobre diversificação das fontes energéticas, passamos à apreciação da petição n.º 384/X (2.ª) — Apresentada por Margarida Santos e outros, solicitando à Assembleia da República o alargamento do prazo de discussão pública do novo regime jurídico das instituições do ensino superior.
Como sabem, as petições apreciadas em Plenário são aquelas que reúnem mais de 4000 assinaturas e se encontram concluídas em termos de apreciação nas comissões a que são distribuídas.