16 | I Série - Número: 084 | 16 de Maio de 2008
Que fique claro, Sr.as e Srs. Deputados: o PS não esconde os problemas. O PS reconhece as dificuldades.
O PS assume que é preciso e impõe-se a si próprio que é preciso fazer mais.
Mas este é o nosso caminho. Um caminho que marca a diferença entre os que concretizam as políticas, entre os que respondem aos problemas, e os que apenas fazem declarações de intenção, sobretudo quando não têm a responsabilidade de as executar.
Aplausos do PS.
Este é um caminho, Sr.as e Srs. Deputados, que, acima de tudo, tem resultados para apresentar. Um caminho coerente, um caminho que acreditamos apoiar as famílias, cada uma e cada um dos seus membros, as famílias trabalhadoras, as famílias jovens. Um caminho que queremos continuar a construir com as portuguesas e com os portugueses.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Mota Soares.
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos, V. Ex.ª escolheu neste debate — e parece-me que a bancada do Partido Socialista também — uma linha que (permita-me que o diga) visto da bancada a que pertenço é um erro. Escolheram transformar este debate num debate ideológico.
Protestos do PS.
Tenham calma, tenham calma! Escolheram transformar este debate num debate ideológico e, por isso mesmo, num debate sectário. Ora, eu considero que isso é um erro.
O Sr. José Paulo Carvalho (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — É que a matéria sobre a qual estamos a falar é algo extrema e absolutamente relevante para o futuro do País, para o futuro de Portugal. Penso, até, que os 230 Deputados comungam dessa ideia.
Em matéria de coerência, Sr.ª Deputada, falo muito à vontade, pois entendo que o debate em causa não é esse. E faço-o com o à-vontade de quem apoiou um governo que aumentou a licença de maternidade de três para quatro meses e depois a estendeu para um quinto mês.
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Bem lembrado!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Aumentou o número de meses em que se pagava o abono de família, dando até uma prestação adicional de abono de família no mês de Setembro, que era — e continua a ser — o mês mais dramático e mais difícil para as famílias que têm filhos em idade escolar.
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Estou a falar do governo que introduziu a selectividade nas prestações sociais, dizendo que as famílias que tinham maiores rendimentos não deviam receber ou deviam receber menos para que as famílias que têm poucos rendimentos pudessem receber mais.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!