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11 DE ABRIL DE 2013

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Quero, em nome de Os Verdes, dizer que o ainda Sr. Ministro Miguel Relvas está para o Governo como o

Governo está para os portugueses, ou seja, ainda lá está, mas sem qualquer legitimidade.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

Sr.as

e Srs. Deputados, estes são verdadeiros problemas para o País.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Idália Salvador Serrão.

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, o Partido

Socialista agradece a sua intervenção, que veio contribuir para a reflexão sobre o que, efetivamente, se passa

hoje com Portugal e com os portugueses.

De facto, o Governo comporta-se como um menino mimado — é ao que assistimos. Um menino mimado

que, por um lado, faz birra e, por outro lado, faz juras de que se há de vingar. E esta decisão do Sr. Ministro de

Estado das Finanças e do Governo não é mais que um mimo, que uma birra: o Sr. Primeiro-Ministro decidiu

que se iria vingar da decisão do Tribunal Constitucional.

Todavia, o Sr. Ministro e o Governo esquecem-se, certamente, que com esta decisão estão a suspender o

País. O País vai parar! Temos tido a oportunidade de, nas últimas horas, ouvir vários dirigentes da

Administração Pública, que dizem muito claramente que entendem que o despacho possa ser produzido com

efeitos para um, dois dias, mas não se imagina que tenha efeitos para mais de uma semana. Vamos ver onde

é que isto vai dar.

Só que o Governo suspende-se, também, a si próprio, porque acaba por fazer gestão corrente. Neste

momento, os Srs. Ministros e os Srs. Secretários de Estado farão, certamente, gestão corrente. Ora, uma das

questões que lhe coloco é esta, Sr.ª Deputada: do que é que o País precisa, principalmente neste momento

tão especial? Será de um contabilista ou será de governantes? É que gerir parcelas e gerir contas é

completamente diferente de ter uma visão, uma opção estratégica e não deixar parar o País.

Vozes do PS: — Muito bem!

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Sr. Deputada, uma última questão que lhe quero deixar prende-se

com o que pudemos observar no sábado, aquando da birra e desta vingança que o Governo conseguiu

transmitir-nos. No sábado à noite, o Governo foi a Belém — com um ar grave e, ao mesmo tempo, com um ar

perdido — falar com o Sr. Presidente da República, mas também levava o tal ar de birra de que lhe falava há

pouco. Ora, tratando-se de um Governo de coligação, Sr.ª Deputada, não é estranho que o Sr. Ministro Paulo

Portas, que até nem saiu do País para fazer face à crise, não tenha ido a Belém?

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Estava ocupado!

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Penso que há aqui qualquer coisa que ainda não entendemos.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Bem perguntado!

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — O Sr. Ministro Paulo Portas não foi a Belém, não foi para fora do

País, mas ficou em casa…

Vozes do CDS-PP: — Sabe lá!…

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Não será estranho que isto se tenha passado?! Sr.ª Deputada,

gostaria muito de saber a sua opinião. Não será estranho que o CDS, partido da coligação que suporta o

Governo, ande tão pouco participativo, tão tristonho e tão acabrunhado relativamente a estas matérias?