11 DE ABRIL DE 2013
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O Sr. Bruno Dias (PCP): — Que triste figura!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não queira o Sr. Deputado saber o que o CDS diz do PSD nos
corredores!
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, a próxima declaração política é do PS.
Tem a palavra, para o efeito, o Sr. Deputado José Junqueiro.
O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O Secretário-Geral do PS e o PS
deram ao Governo todas as oportunidades e alertaram para o perigo do caminho que estava a prosseguir.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
Um caminho perigoso! Mas, mesmo assim, abstivemo-nos no Orçamento do Estado para 2012; votámos
favoravelmente o Tratado Orçamental, com uma adenda para o crescimento e para o emprego; fizemos
propostas, centenas de propostas,….
Protestos do PSD.
… e a maioria chumbou 80% dessas propostas nas áreas das finanças e da economia.
Aplausos do PS.
As propostas do PS tinham preocupações de equidade social e de recuperação da economia. E, além
destas propostas que referi, há um outro conjunto de propostas que contém linhas políticas fortes,
nomeadamente a renegociação das condições de ajustamento dos prazos, dos juros, dos deferimentos, das
maturidades e a exigência da devolução a Portugal, por parte do Banco Central Europeu, de 3000 milhões de
euros, que foi aquilo que ganhou com a dívida portuguesa!
Aplausos do PS.
O Governo tem rejeitado tudo e, por isso, tem errado tudo. E de um Governo que pede mais propostas,
afinal, não se conhece proposta nenhuma, a não ser um despacho de faz-de-conta, um ato de vingança sobre
os portugueses.
Vozes do PS: — Mais do mesmo!
O Sr. José Junqueiro (PS): — Um despacho que congela ainda mais a vida das famílias, que destrói o
emprego; um despacho que afunda a economia e que prova que já não há Orçamento do Estado para 2013.
Aplausos do PS.
O Governo soma a isto um discurso atrevido do Primeiro-Ministro sobre o Tribunal Constitucional.
O Governo teve um comportamento fora da lei. Desde 2012 que o Governo sabia que não podia adotar
medidas que tinham sido chumbadas pelo Tribunal Constitucional e o que o Governo quis foi passar uma
rasteira à democracia.
O Primeiro-Ministro não teve uma única palavra de compreensão para com os portugueses, falou apenas
para ameaçar e para punir.
As dúvidas do PS — afinal, esquecem-se, Srs. Deputados — são as dúvidas do Sr. Presidente da
República e eram as dúvidas, também, do Tribunal Constitucional. E convém que, no respeito pela opinião do