O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

11 DE ABRIL DE 2013

9

Constitucional que consideraram que as normas em causa eram constitucionais. E para não falar, em

particular, de um dos «pais» da Constituição, que emanou exatamente dessa bancada, o Prof. Vital Moreira,…

Protestos do PCP.

… que, ainda esta semana, veio dizer que considerava as normas em causa constitucionais.

Por isso, o Tribunal tomou uma decisão, mas nós discordamos dessa decisão, e esta maioria estava

confiante que as normas eram constitucionais. Foi por isso que as votámos aqui.

Mas quanto à questão do Presidente da República, não posso deixar de frisar a total incoerência que toda

a esquerda — e hoje, em particular, a bancada do Partido Comunista Português — traz a este Plenário.

Senão, vejamos: quando acham que o Presidente da República tem alguma crítica a fazer ao Governo, vêm a

esta tribuna dizer «viram a crítica que o Sr. Presidente da República fez? Ouçam-na! Acatem-na! Façam aquilo

que o Sr. Presidente da República diz!». Agora, quando, esta semana, o Sr. Presidente da República veio, de

acordo com a Constituição, dizer, num dia, que houve uma moção de censura que foi rejeitada e que, por isso,

este Governo tem a confiança deste Parlamento e, no dia a seguir, que há todas as condições para que o

Governo se mantenha em funções, os senhores já não respeitam que o Sr. Presidente da República tenha

uma opinião que seja divergente da vossa. Quando converge, aplaudem; quando diverge, vêm criticar e dizem

que o Sr. Presidente da República não está a cumprir a Constituição. Isso não é coerente, isso não é

politicamente correto.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Protestos do PCP.

Estamos habituados à retórica, à incoerência e ao radicalismo do Partido Comunista Português. Mas não

estávamos habituados a ver o Partido Socialista embarcar nessa situação. O Partido Socialista evoluiu nas

últimas semanas. Evoluiu do centro-esquerda responsável para a esquerda radical e totalmente irresponsável.

E avançou com imensas alternativas, mas que não passam de chavões, facilidades, muitas falsidades e

muitas inverdades.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Vou terminar, Sr.ª Presidente. Só peço a mesma tolerância que teve para

com os outros oradores.

Dizem que querem consolidar as contas públicas, Srs. Deputados do Partido Socialista, só não dizem é

como. Dizem que querem pôr o País a crescer, só não dizem é como. Dizem que querem acabar, como que

por magia, com o desemprego, que é uma vontade que qualquer um dos 230 Deputados desta Câmara

também quer,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Se têm essa vontade, não parece!

O Sr. Luís Menezes (PSD): — … só não têm a coragem de dizer como. E, infelizmente, isto não é o que o

País precisa. E podemos divergir naquilo que o País precisa, mas, nos partidos do arco do poder, o que o País

precisava era de políticas e de políticos que estivessem à altura das suas responsabilidades. E, infelizmente, o

Partido Socialista e o seu Secretário-Geral têm demonstrado ao País que não estão à altura de servir os

portugueses.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, a tolerância não é fácil de comparar, porque não estive na Mesa. Mas

parece-me que excedeu mais tempo do que os outros oradores.

Tem a palavra, para responder, Sr. Deputado Bernardino Soares.