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22 DE NOVEMBRO DE 2013

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A Sr.ª Presidente: — Segue-se a apreciação das propostas de aditamento dos artigos 108.º-A — Reforço

da ação social escolar na comparticipação dos manuais escolares (BE), 108.º-B — Regime isenção do

pagamento de propinas (BE), 108.º-C — Programa de distribuição gratuita de manuais escolares na

escolaridade obrigatória (BE), 108.º-D — Alteração ao Decreto-Lei n.º 165/2006, de 11 de agosto (BE), 108.º-E

— Revogação da Portaria n.º 102/2013, de 11 de março (BE); do artigo 109.º — Suspensão de pagamento de

subsídios e de passagens na Região Autónoma da Madeira; do artigo 110.º — Suspensão do pagamento de

subsídios e de passagens na Região Autónoma dos Açores; do artigo 111.º — Divulgação de listas de

contribuintes; do artigo 112.º — Suspensão do regime de atualização do valor do indexante dos apoios sociais,

das pensões e outras prestações sociais; das propostas de aditamento dos artigos 112.º-A — Atualização do

valor de pensões e outras prestações e apoios sociais (Os Verdes) e 112-C — Revogação do Decreto-Lei n.º

116/2010, de 22 de outubro (PCP) e do artigo 113.º — Congelamento do valor nominal das pensões.

Está inscrito, para intervir a propósito do artigo 113.º da proposta de lei, o Sr. Deputado Adriano Rafael

Moreira.

O Sr. Adriano Rafael Moreira (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: É da

máxima importância realçar neste debate a preocupação social que o Governo teve nesta matéria.

O cenário que o Governo encontrou quando iniciou funções foi de congelamento de todas as pensões, sem

exceção, e este artigo traz-nos uma exceção, aliás na continuidade daquilo que tem sido feito nos últimos dois

anos.

Nos últimos dois anos, e assim continuará no próximo ano, as pensões mais baixas foram descongeladas e

atualizadas — há uma atualização superior a 5%, mais exatamente de 5,3%, destas pensões. E neste debate

não poderia deixar de realçar, ou que passasse em branco, esta nota de preocupação social que o Governo

colocou neste artigo.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Machado, do PCP.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: Mais uma

vez o Governo PSD/CDS-PP congela o valor nominal das pensões. Com esta medida, o Governo do

PSD/CDS-PP atira para a pobreza milhares de reformados.

Ao contrário do que é afirmado, e mesmo agora aqui foi dito, a verdade é que as atualizações das pensões

abrangem apenas algumas das pensões mínimas e os valores atualizados são em muito pouca conta, isto é,

entre 20 a 30 cêntimos/dia, o que não chega para fazer face ao aumento do custo de vida.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Algum dos Srs. Deputados duvida que, hoje, os reformados com pensões

de miséria de 200 €, 300 € e 400 € vivem pior à custa das medidas do Governo do PSD/CDS-PP?! Não há

qualquer tipo de dúvida! A verdade é que o aumento do custo de vida superou, e muito, aqueles que são os

aumentos de miséria que aqui utilizam como instrumento de propaganda política!

O PCP, consciente de que é precisa uma verdadeira valorização das reformas, apresenta uma proposta de

aumento de 4,7% de todas as pensões, assegurando que em nenhum caso o aumento será inferior a 25 €.

Este é um contributo verdadeiramente essencial para que haja justiça e combate à pobreza entre os

reformados, que é fundamental para que exista um País mais justo e equilibrado. Não podemos ter um

discurso, em torno dos reformados, de que é preciso combater a pobreza e depois, no plano concreto, não

tomar medidas.

O que o PCP propõe é, efetivamente, um instrumento que tem um grande significado no combate à

pobreza entre os reformados e que é de inteira justiça.

Aplausos do PCP.