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16 DE JANEIRO DE 2014

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O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Perguntado sobre o esbulho fiscal, diz que logo se verá, poder-se-ão

retirar alguns impostos, logo se vê se é possível. Perguntado sobre o ataque aos pensionistas, o que diz é que

é inevitável.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado, faça favor de terminar.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Termino, Sr. Presidente, com a seguinte frase: não é sobre isso, Sr.

Deputado, que faremos a avaliação. No final da governação deste Governo, perguntaremos quantos

desempregados houve a mais do que havia no início, quantos reformados ficaram mais desfavorecidos com

estas políticas e quanto é que o País ficou pior. E sobre isso não houve respostas neste Congresso.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Peço aos Srs. Deputados que observem o mais possível os tempos

parlamentares que lhes são atribuídos.

Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado João Oliveira.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Nuno Magalhães, como é prática, gostaria de

saudá-lo e saudar o CDS pela realização do seu Congresso, ainda que a sua realização, pelo menos do que

foi dado a conhecer, não deixe ninguém em Portugal mais tranquilo.

Aliás, Sr. Deputado Nuno Magalhães, com este Congresso, aquilo que ficámos a saber é que o CDS já

está em campanha eleitoral e que para fazer essa campanha eleitoral o CDS utilizou o Congresso para fazer

um género de operação de branqueamento das suas responsabilidades, da sua ação e do papel que o CDS

tem assumido, não só enquanto partido do Governo, mas também, e sobretudo, enquanto partido subscritor e

executor das políticas da troica.

Sr. Deputado Nuno Magalhães, quem tivesse ouvido com atenção a intervenção do seu líder partidário, e

atual Vice-Primeiro-Ministro, Paulo Portas, teria ficado com a ideia de que o CDS passou à margem daquilo

que são as responsabilidades políticas governativas no nosso País nos últimos três anos e que nem sequer

estava cá quando em 2011 foi assinado o pacto com a troica. Essa operação de desresponsabilização é óbvia,

hoje, no discurso do Governo e dos partidos da maioria, mas foi particularmente significativa no discurso de

Paulo Portas.

Sr. Deputado Nuno Magalhães, que os Srs. Deputados não queiram assumir responsabilidades porque

sabem bem aquilo que estão a fazer ao País é uma coisa, mas que aqui, na Assembleia da República,

deixemos passar isso em claro é que não pode acontecer.

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Deputado Nuno Magalhães, queria colocar-lhe algumas perguntas

concretas que têm a ver com esta questão da responsabilidade, já que esse foi um conceito que esteve

afastado do Congresso do CDS.

Começo por lhe perguntar se é ou não verdade que o CDS assinou o pacto com a troica, se é ou não

verdade que o CDS, com a sua assinatura, mandou vir a troica e as políticas que a troica determinava para

que o Governo as executasse.

É que quem oiça o discurso do CDS a propósito da saída da troica em maio fica com a ideia de que o CDS

tem estado, há três anos, a fazer tudo para que a troica se vá embora! Ora, Sr. Deputado Nuno Magalhães, os

senhores não têm feito outra coisa que não seja fazer a vontade à troica e cumprir as políticas que a troica

determina, mas também não têm feito outra coisa que não seja garantir que, depois da troica, as políticas

continuam exatamente na mesma.

Vozes do PCP: — Exatamente!