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16 DE JANEIRO DE 2014

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Congresso, o CDS que me habituei a conhecer aqui: não vi o CDS da lavoura; não vi o CDS dos reformados;

não vi o CDS dos pensionistas; não vi o CDS dos pobres; nem tão pouco vi o CDS dos contribuintes.

Sr. Deputado Nuno Magalhães, por mais bonita que queira pintar a situação, ela é esta — há coisas que

não são de esquerda nem são de direita: há sete famílias por dia que entregam as suas casas ao banco e há

90 pessoas por dia que entram na lista dos incumprimentos. Sabe, Sr. Deputado, é gente de bem, é gente

séria, é gente que contava com um rendimento e que, sucessivamente, este Governo esteve a cortar,

impedindo essas pessoas e essas famílias de cumprirem honradamente os seus compromissos, como, aliás,

tinham prometido fazer. E para essas pessoas também não houve uma palavra.

Aplausos do PS.

Neste Congresso, o CDS esqueceu-se de falar daqueles que vão fazer um pagamento, uma contribuição

extraordinária de solidariedade e que estão novamente desempregados.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Termino já, Sr. Presidente.

Também não falou dos pensionistas, inclusivamente dos cortes nas pensões de sobrevivência.

Por isso, Sr. Deputado, convidava-o a fazer uma reflexão sobre a situação real do País e também

convidava o CDS a sair do offshore onde escondeu a realidade portuguesa, voltasse a Portugal e pensasse

nos portugueses e nas dificuldades que enfrentam.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Luís

Montenegro.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Sr. Deputado Nuno Magalhães,

em nome do Grupo Parlamentar do PSD, cumprimento o CDS pela realização deste 25.º Congresso Nacional,

que nós acompanhámos. Aliás, tive a ocasião de estar na abertura dos trabalhos, onde objetivamente

verificámos o trabalho de reflexão e de aprofundamento das posições políticas e da participação do CDS-PP

no Governo de recuperação do País, que compõe com o PSD.

Sr. Deputado Nuno Magalhães, até há pouco tempo, havia um partido em Portugal, o Partido Socialista,

que queria antecipar as eleições. Mas, por aquilo que estamos a ouvir agora, o Partido Socialista abandonou a

ideia de antecipação das eleições para passar a defender a antecipação da campanha eleitoral. Enfim, é uma

evolução que registamos.

É sintomático que, em relação às questões que ainda agora foram formuladas pelo Sr. Deputado José

Junqueiro, tenha havido várias lacunas. O Sr. Deputado Nuno Magalhães, na sua intervenção, fez um balanço

sobre aquilo que foi o contributo que o CDS emprestou ao Governo do País nos últimos dois anos e meio e

muito daquilo que foram, também, os resultados que o País já obteve e que, na circunstância, é algo de que o

Partido Socialista gosta muito pouco de falar.

Mas eu queria abordar esse tema, nomeadamente o facto de estarmos hoje em condições seguras de

afirmar que todas as metas orçamentais a que nos propusemos relativamente ao ano de 2013 foram

alcançadas e ainda superando, provavelmente, aquilo que eram essas mesmas metas.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Falar de metas nesta altura é provocação!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Refiro também o facto de termos tido dois trimestres, o segundo e o

terceiro de 2013, com crescimento económico e de podermos também ter a expetativa de repetir esse

crescimento no quarto trimestre; o comportamento que temos tido nas exportações, na produção industrial, na

recuperação do emprego; e aquilo que tem sido o comportamento relativamente aos juros da nossa dívida,

uma matéria que tanto preocupava a oposição e o Partido Socialista. Hoje atingimos níveis comparáveis a