I SÉRIE — NÚMERO 36
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agosto de 2010, mais de um ano antes do início do cumprimento do Programa de Assistência Económica e
Financeira.
Sr. Deputado, é verdade que, caso o País não tivesse alcançado estes resultados, hoje o Partido Socialista
teria aqui colocado uma questão que iria incidir sobre o fracasso do Governo, dizendo que o País não iria
crescer, que o País não iria fazer diminuir o desemprego, por culpa do Governo! Pois se o resultado é o
contrário, para o Partido Socialista isso já não tem nada a ver com o Governo, tem a ver com a Europa e com
um fenómeno estranho qualquer que perpassa na sociedade portuguesa, na economia portuguesa e que não
tem nada a ver com o Governo.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Para o PS, o País está a recuperar porque há uma magia, a tal magia
que faz crescer os países e que tanto inspira os governos do Partido Socialista!…
Sr. Deputado, a questão que lhe queria colocar tem a ver também com a postura do principal partido da
oposição, o Partido Socialista, que diz que Portugal deve sair deste Programa — faltam quatro meses para
terminar o Programa — à irlandesa, de uma forma limpa e sem nenhum tipo de condicionalidade. No entanto,
ao mesmo tempo que diz isso, no mesmo dia e, porventura, até no mesmo momento em que o diz, vem
invocar as inconstitucionalidades de vários instrumentos legislativos e até do Orçamento do Estado, que é o
mesmo que dizer «nós queremos uma saída limpinha, à irlandesa, mas vamos criar todos os problemas que
pudermos para que essa saída não se possa verificar».
Vozes do PSD:— Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — De facto, é difícil recuperar o País quando o principal partido da
oposição e o principal responsável por estarmos nesta situação tem uma postura dessas.
Para terminar, felicito mais uma vez o CDS pela realização deste Congresso, deixando-lhe estas questões
e estas reflexões.
Sr. Deputado Nuno Magalhães, também não posso deixar de lhe transmitir, de uma forma muito clara e
inequívoca, que estamos em condições de assegurar que o País tem um Governo estável, uma maioria coesa
e uma força na sua sociedade para se construir um Portugal renovado e com futuro.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP):— Sr. Presidente, começo por agradecer as perguntas colocadas pelos
Srs. Deputados Luís Montenegro e José Junqueiro.
Começo por responder ao Sr. Deputado Luís Montenegro, agradecendo, desde logo, a sua presença na
abertura do Congresso do CDS, aquando da minha intervenção enquanto líder parlamentar, o que foi
demonstrativo, para incómodo de alguns, da coesão que esta coligação sempre teve no Parlamento, o que
parece mesmo incomodar muita gente.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Sublinhamos também a presença ao mais alto nível do Partido Social Democrata no Congresso, do Sr.
Primeiro-Ministro e Presidente do PSD, Dr. Pedro Passos Coelho, e do Dr. Marco António Costa, no
encerramento dos nossos trabalhos, o que deixou claro, para desilusão de alguns, que esta maioria é para ir
até ao fim.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!