16 DE JANEIRO DE 2014
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O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — O Sr. Deputado diz, e bem, que neste momento todas as metas que
nos foram impostas por outros estão atingidas e que temos os juros mais baixos desde agosto de 2010 (então,
o ex-Ministro António Pinho referia que não havia crise nenhuma, se bem se recordam).
Para além disso, o Sr. Deputado notou, e bem, que o Secretário-Geral do Partido Socialista falava do
desemprego galopante e do caminho para o abismo. Manifestamente isso acontece, mas onde o ex-
Secretário-Geral do PS passou algum do seu tempo, ou seja, em França, com o Sr. Hollande. Portanto,
enganou-se, desde logo, no destino dessas previsões.
Respondendo ao Sr. Deputado José Junqueiro, agradeço as felicitações em relação ao Congresso do
CDS. Foi um prazer tê-lo lá, como deve imaginar.
O Sr. Deputado refere que o CDS entrou em campanha eleitoral, mas, tendo em conta os problemas do
País e os sacrifícios que os portugueses estão a atravessar, essa afirmação, essa pergunta, essa intervenção,
manifestamente não contribui em nada para a resolução dos problemas.
Compreendo que o Partido Socialista tenha essa visão, porque é natural que tenha a tentação de ver o
mundo pela própria janela. Todos estamos recordados que um Governo do Partido Socialista, em 2009, para
ganhar eleições, e entrando cedo demais em campanha eleitoral, decidiu aumentar em quase 3% os
funcionários públicos, levando o País à bancarrota.
Vozes do CDS-PP e do PSD: — Muito bem!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — As vítimas são as de seis anos de desgoverno do Partido Socialista.
Não se esqueçam de que essas são as vítimas!
Aplausos do CDS-PP.
Protestos do PS.
Para os senhores tudo valeu! Aumentaram os salários quando o País estava já com um défice gravíssimo,
com uma dívida pública excessiva, pois o que interessava era ganhar eleições!
Sr. Deputado, connosco isso não acontece. E por isso é que eu disse três vezes — o Sr. Deputado deve ter
ouvido bem, pois eu disse três vezes! — que a situação era difícil e que o desemprego era demasiado alto,
excessivamente alto, apesar de estar a diminuir.
Vozes do CDS-PP: — Há nove meses!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Só não percebo porque é que, perante uma descida do desemprego
durante nove meses consecutivos, quatro meses em termos homólogos, ainda em valores altos, isso parece
entristecer o Partido Socialista. Isso é que não me parece que os portugueses possam esperar do maior
partido da oposição.
Sr. Deputado, devo dizer-lhe outra coisa: os senhores tentaram enganar três vezes os portugueses, os
pensionistas, em relação às pensões — três vezes! Depois, os portugueses perceberam que foram enganados
por VV. Ex.as
.
Há TSU dos pensionistas? Não há. Em relação às pensões de sobrevivência, são cumulativas e só há
corte acima de 2000 €. Os senhores nunca mais falaram dessa matéria! Quanto à CES (contribuição
extraordinária de solidariedade), não afeta 95% do sistema de segurança social.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Quanto à questão da sensibilidade social estamos conversados,
sobretudo quando sabemos que o Partido Socialista congelou pensões de 200 €, 250 €, pensões mínimas
sociais e rurais, que revogou a majoração do subsídio de desemprego a casais, que foi aprovada nesta Casa
dois meses antes.