I SÉRIE — NÚMERO 40
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Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Também estamos a pagar, como pagámos em 2013, 300 milhões de
euros de encargos com PPP e também conseguimos renegociar os contratos, obtendo uma poupança em toda
a vida desses contratos superior a 7000 milhões de euros! Também já pagámos 1948 milhões de euros de
dívidas na saúde, e estão em pagamento mais 480 milhões de euros.
Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, bem sei que, até há poucas semanas, a oposição aproveitava estes
períodos de debate para centrar aquilo que era a sua afirmação política, a sua posição política, nas questões
económicas, nas questões financeiras. Agora já não dá muito jeito! E por isso vêm com as questões da saúde,
das bolsas, que são importantes, mas que não revelam o País que o Sr. Deputado aqui descreveu. Está
enganado! O Serviço Nacional de Saúde, por exemplo, que, por iniciativa deste Governo, tem mais 2000
médicos, está a funcionar.
Protestos do PCP e do BE.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Aí é que estão os cortes, na educação e na saúde!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Há um caso aqui, um caso ali, onde foi detetada alguma anormalidade?
Pois foi, apesar de todo o rigor financeiro que temos nessas áreas. Mas são menos anormalidades do que
aquelas que existiam no passado, nomeadamente na saúde.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Aprenderam a fazer contas no Excel da troica!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Mas, Sr. Deputado Pedro Filipe Soares e Sr. Deputado Nuno
Magalhães, que colocaram a mesma questão em dois prismas diferentes, é preciso também aqui hoje realçar
que esta perspetiva de confiarmos em nós próprios e nos resultados que temos alcançado não significa que
esteja a ser feito a qualquer preço. É falso! É falso! Estamos a percorrer este caminho com sensibilidade
social.
O Sr. José Magalhães (PS): — Ui!…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Fraldas com toalhas e sacos do lixo!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Os rendimentos mais baixos estão protegidos. Os senhores falam de
pensões mas mais de 85% dos pensionistas estão salvaguardados, pelo esforço que está a ser pedido.
O Sr. Deputado José Magalhães diz «ui!»?! «Ui» era o tempo em que as pensões mínimas estavam
congeladas, esse é que era o tempo do «ui!».
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Esse é que era o tempo do «ui!», porque era o tempo em que gastávamos o dinheiro e os problemas se
mantinham; era o tempo da ilusão de que o investimento público resolvia todos os males do País; era o tempo
em que era preciso subir os salários da função pública e era preciso baixar os impostos sem ter condições
para o fazer; esses eram os tempos de toda esta ilusão que nos conduziu à bancarrota, Sr. Deputado! E é isso
que os senhores, na bancada do Partido Socialista, deveriam aprender, era a lição que deveriam tirar daquilo
que fizeram e daquilo que o País foi capaz de construir nestes últimos dois anos e meio.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Fraldas com toalhas e sacos do lixo!
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Termino, Sr. Presidente e Srs. Deputados.