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I SÉRIE — NÚMERO 59

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Nesse âmbito, do rumo económico e financeiro europeu, Jean Claude Juncker tem sido um dos grandes

defensores da união bancária, por perceber como ela é crucial para contornar esta crise e conjugar três

importantes peças: a força e credibilidade do sistema bancário; a garantia de regras comuns no acesso das

empresas ao crédito; a capitalização da economia para gerar empregos.

Só acabando com sistemas bancários de primeira e de segunda podemos caminhar para soluções

comunitárias mais rápidas e efetivas no combate à crise e entrar definitivamente no caminho do crescimento

económico, num caminho de futuro que é, e não pode deixar de ser, um caminho de esperança, numa Europa

onde não há virtuosos nem pecadores, numa Europa onde não há os bons do Norte e os maus do Sul, numa

Europa que se quer com experiência, com solidariedade, com futuro, uma Europa que seja motor de

esperança para os europeus e para os portugueses.

Aplausos do CDS-PP.

Entretanto assumiu a presidência o Vice-Presidente Guilherme Silva.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sr. Deputado Filipe Lobo d’Ávila, inscreveram-se quatro Srs.

Deputados para pedir esclarecimentos. O Sr. Deputado, entretanto, informará a Mesa como pretende

responder.

Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Costa Neves.

O Sr. Carlos Costa Neves (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Filipe Lobo d’Ávila, mais do que

cumprimentá-lo pela sua intervenção, peço-lhe autorização para me associar à sua declaração política pela

oportunidade e pelo conteúdo.

A oportunidade da sua intervenção não se deve só ao facto de nos aproximarmos das eleições europeias,

deve-se também a ser este o momento para defender os princípios, os valores e o ideal da construção

europeia.

Voltar à essência do projeto da União Europeia, algo que depois de 1989 e da queda do Muro de Berlim

parecia obsoleto, parecia fazer parte do armazém de velharias, eis que, agora, se torna tão importante quando

somos confrontados com situações como a que estamos a viver na Ucrânia.

A sua declaração tem também oportunidade porque o Partido Socialista, que habitualmente esteve na área

do projeto da construção europeia, está hoje sem norte.

Quanto ao que, há pouco, disse o Sr. Deputado João Soares, não assinalei apenas aquilo que ouvi;

assinalei sobretudo o que não ouvi, ou seja, assinalei o descrédito em relação ao projeto, em relação aos

ideais, em relação aos valores e até em relação às eleições, pelo facto de nunca ter pronunciado o nome do

candidato do Partido Socialista europeu à presidência da Comissão nas próximas eleições europeias.

Aplausos de Deputados do PSD.

Curioso que Martin Schulz tenha estado fora do discurso do Sr. Deputado João Soares. Curioso! Curioso

mas sintomático. Sintomático desta situação, sintomático deste incómodo, sintomático de que, neste

momento, está completamente desalinhado, quer dos seus camaradas do partido socialista europeu, quer dos

outros países europeus, mesmo dos que têm governos socialistas, quer das propostas desse mesmo grupo

socialista.

Em terceiro lugar, foi uma intervenção oportuna, porque temos um grande desafio de consolidação em

relação à União Económica e Monetária e em relação ao euro.

Por isso, associo-me à intervenção do Sr. Deputado Filipe Lobo d’Ávila, terminando com uma questão, que

é a seguinte: passadas as eleições e estando nós a apoiar também quer o candidato a Presidente da

Comissão Jean-Claude Juncker quer o manifesto eleitoral, apresentado no último Congresso do PPE em que

tive o gosto de participar, entende o Sr. Deputado que a força agregadora que é necessária nesta próxima

fase do projeto é simbolizada por Jean-Claude Juncker e pelo seu projeto?

Aplausos do PSD.