14 DE MAIO DE 2014
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impulso da Sr.ª Presidente da Assembleia da República, dando uma centralidade muito forte à questão dos
incêndios florestais. Portanto, este é um momento único nesta Assembleia, porque é a primeira vez que um
relatório sobre incêndios florestais é discutido neste Plenário e isso é muito importante para o objetivo que
pretendemos concretizar.
Há aqui uma oportunidade nova, porque há um amplo compromisso relativamente a esta matéria, que
envolve partidos políticos e Governo. Trata-se de um momento particularmente interessante, porque estamos
a fazer a avaliação da estratégia nacional da floresta, estamos a fazer a avaliação dos planos regionais de
ordenamento florestal, estamos a avançar com os planos nacionais de adaptação e mitigação às alterações
climáticas e porque estamos a concretizar o PDR 2020 (Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020) e o
programa de fundos estruturais. Portanto, trata-se de um momento rico para fazermos esta discussão.
Ficou claro neste debate que o aspeto essencial para darmos um passo em frente na resolução deste
problema tem a ver com boas políticas florestais. Portanto, este é — repito — um momento muito rico para
fazer essa discussão.
Temos de ter uma visão integrada em relação a esta matéria. Naturalmente que é uma questão que passa,
em primeiro lugar, pela gestão florestal. A gestão florestal é uma peça essencial para valorizarmos a nossa
floresta.
Temos uma figura que é essencial em tudo isto: as zonas de intervenção florestal. Por isso, é fundamental
disponibilizar todos os instrumentos necessários para que as zonas de intervenção florestal possam finalmente
concretizar o seu objetivo, não apenas nos planos especiais de intervenção florestal, isto é, não apenas na
prevenção florestal, mas também nos planos de gestão florestal. Ou seja, deveria estar no PDR 2020 a
prioridade às zonas de intervenção florestal para a concretização daquilo que são os planos de gestão
florestal.
Em segundo lugar, estamos também, nesta altura, a fazer a avaliação do Plano Nacional de Defesa da
Floresta Contra Incêndios. E sobre esta matéria é fundamental que seja feita uma avaliação do custo/benefício
de todo este dispositivo de prevenção e combate e que haja uma programação até 2020 para que possamos
todos ter a previsibilidade de saber exatamente o que vai ser feito e onde é que vamos investir, no quadro
daquilo que venham a ser as conclusões da avaliação desse Plano Nacional.
Há um elemento essencial — repito mais uma vez — neste grande dispositivo de prevenção, que são os
sapadores florestais. Sobre isso voltamos aqui a defender que é fundamental que a contratualização seja
plurianual, para dar estabilidade ao Programa de Sapadores Florestais (PSF).
Também relativamente à matéria de prevenção, devo dizer que julgamos ser essencial o reforço do Fundo
Florestal Permanente. Para o dispositivo de combate temos o Orçamento do Estado, pelo que sabemos
exatamente onde está o dinheiro para fazer cumprir os objetivos que temos relativamente ao dispositivo de
combate, mas para o dispositivo de prevenção temos, apesar de tudo, uma política que é intermitente em
função da disponibilidade que existe no Fundo Florestal Permanente. Portanto, é preciso garantir que o Fundo
florestal permanente tenha a verba necessária para fazer evoluir este sistema.
Termino, referindo a questão municipal, porque julgo ser fundamental, em primeiro lugar, o contributo que
os municípios podem dar no financiamento tripartido relativamente a todo este dispositivo. E aproveito a
oportunidade para dizer que, hoje mesmo, foi assinado um protocolo, no Algarve, entre os municípios do
Algarve e a Autoridade Nacional de Proteção Civil, em que os municípios deram um sinal claro de como se
deve fazer. Também eles vão contribuir para que o dispositivo, para que os bombeiros possam ter uma verba
mais digna para a atividade que desenvolvem. Esta é, de facto, a forma como os municípios podem sinalizar o
seu empenho também ao nível desta grande questão, que é a prevenção e o combate aos fogos florestais.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Para proferir a próxima intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Lynce, do
PSD.
O Sr. Pedro Lynce (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados, o tema
do debate desta tarde tem, sem dúvida, associado um dos maiores desafios do nosso País: defender,