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19 DE JUNHO DE 2014

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É natural que as populações tenham medo e ansiedade. Mas os senhores têm outra responsabilidade,

concretamente têm a responsabilidade de pensar no País e no Serviço Nacional de Saúde e em como se

alcançam as sinergias, a concentração de conhecimento, mas também, simultaneamente, a aproximação da

prestação de cuidados de saúde junto das populações. E não é isso que os senhores têm feito!

Tenho comigo vários números que mostram que há mais utentes inscritos com médico de família, há mais

camas de cuidados de saúde, há um laboratório regional de saúde pública, há um centro de medicina física e

de reabilitação, estão vários programas em pleno funcionamento nas áreas principais e prioritárias do Plano

Nacional de Saúde.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Podemos constatar que houve, em 2013, menos atendimentos nos serviços de urgência básica, …

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — As pessoas não têm dinheiro para pagar!

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — … o que significa que há melhor funcionamento dos cuidados de saúde

primários, Sr.ª Deputada.

Os senhores entendem sempre o contrário e o contrário do contrário, porque, se houver mais atendimentos

nos serviços de urgência, os senhores dizem que é por causa de os cuidados de saúde primários não estarem

a funcionar, mas, como se regista um melhor funcionamento, já acham que é problemático não haver

atendimentos nas urgências.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Realizaram-se mais cirurgias programadas em 2013 do que em 2011. E, enquanto em 2011 os hospitais do

Algarve tinham 366 médicos, em 2013 tinham 377.

Só para concluir, o mesmo se diga em relação a enfermeiros, pois houve um aumento significativo do

número de enfermeiros entre 2011 e 2013.

A concluir, pergunto apenas onde é que está o dramatismo que os partidos da oposição fazem questão de

imputar a esta reforma hospitalar.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Elsa Cordeiro.

A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Nesta minha intervenção, começo

por cumprimentar os cidadãos que subscreveram esta petição e a Comissão de Utentes dos Serviços de

Saúde de Portimão, que hoje está aqui presente, e por lhes dizer que a sua pretensão é compreensível,

merece ser objeto de avaliação e ponderação política, pois os cidadãos são os destinatários e beneficiários

das políticas públicas, principalmente em áreas tão sensíveis, como é o caso da saúde.

Dito isto, importa esclarecer, desde já, que a reorganização da rede hospitalar do Algarve enquadra-se

numa política de avaliação de serviços disponíveis na região, evitando-se, assim, a sobreposição da oferta

existente em cuidados de saúde, para que não haja desperdícios de recursos materiais e humanos, garantindo

a acessibilidade de todos a todos os serviços disponíveis.

A criação do Centro Hospitalar do Algarve sempre teve como principal prioridade manter todos os serviços

de especialidade, recursos humanos e materiais, quer no hospital de Portimão e Lagos, quer no hospital de

Faro.

Por força da criação do Centro Hospitalar do Algarve, ao contrário do que alguns advogam, foram possíveis

algumas melhorias na prestação de cuidados de saúde nestas unidades hospitalares. Desapareceram todas