I SÉRIE — NÚMERO 25
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Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Na página 18 do relatório da UNICEF lê-se que «a percentagem de
crianças em situação de privação material severa tem vindo a aumentar desde 2008 até 2011, invertendo-se a
tendência a partir de 2012». Quem governava entre 2008 e 2012? O Governo do Partido Socialista, o Governo
de Sócrates.
O Sr. Vieira da Silva (PS): — Acredita mesmo no que está a dizer?!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — E ao contrário do que disse o Sr. Deputado Vieira da Silva, o desemprego
crónico e permanente era, desde o princípio da década, de cerca de meio milhão de portugueses, sempre
desempregados. O que fazia, entretanto, o Partido Socialista? Fazia parcerias público privadas, fazia a Parque
Escolar, planeava fazer o TGV, planeava fazer novos aeroportos, enfim, esbanjava dinheiro e levava o País à
falência.
Protestos da Deputada do PS Sónia Fertuzinhos.
E quando o País chegou à falência, o que é que o Partido Socialista fez para tentar remediar e para cortar
na despesa pública, como estava obrigado? Cortou 500 000 abonos, congelou as pensões, congelou o
ordenado mínimo, congelou o IAS (indexante dos apoios sociais), cortou 40 milhões de euros no RSI
(rendimento social de inserção) e previa no PEC 4 — que, por acaso, foi chumbado — mais de 1400 milhões
de euros de cortes nas prestações sociais.
Vozes do CDS-PP: — Bem lembrado!
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — E quanto é que os senhores cortaram?!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Foi o Partido Socialista que, em momento de crise, criou uma taxa extra
sobre os rendimentos mais altos do IRS? Não, foi este Governo!
Foi o Partido Socialista que teve a coragem, falando, falando, falando, de criar uma taxa extra de IRC para
as companhias com maiores rendimentos?
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Foi este Ministro?!
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Não, foi este Governo!
A pergunta que deixo ao Sr. Ministro é se, face a isto tudo, entende ou não que, de facto, a pobreza
combate-se com medidas realistas, com apoio aos mais necessitados e, acima de tudo, a pobreza combate-
se, simultaneamente, com o apoio à economia, com o crescimento da economia e com a criação de
empregos.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Protestos do PS.
A Sr.ª Presidente: — A última inscrição para pedir esclarecimentos é do Sr. Deputado David Costa, do
PCP.
Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. David Costa (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, a pobreza
que hoje atinge 2,6 milhões de portugueses é o resultado da política de direita e dos cortes nas prestações
sociais que, em nome dessa política, foram impostos por sucessivos governos.