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I SÉRIE — NÚMERO 60

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se que seria importante prolongar a cláusula de salvaguarda, que é, justamente, o que vai permitir a redução

do IMT, que, por exemplo, a Câmara Municipal de Lisboa decidiu que era importante manter.

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Vou concluir, Sr.ª Presidente.

Ora, não é possível, ao mesmo tempo, reclamar a descida do IMT e manter a cláusula de salvaguarda do

IMI, que está por conta, justamente, da redução do IMT que esperamos alcançar.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Passamos à intervenção do PSD, pelo Sr. Deputado Luís Montenegro.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados: Sr.

Primeiro-Ministro, no nosso sistema constitucional, o Governo depende politicamente da Assembleia da

República e esta representa, na sua diversidade, a vontade livre do povo português.

Ora, a vontade política do Parlamento, representativo do povo português, é clara. O Governo conta com a

confiança inequívoca do Parlamento. E, mais do que isso, o Primeiro-Ministro, como garante que foi sempre, e

é, da estabilidade, da credibilidade, da firmeza da ação política do Governo, também conta com a confiança

plena do Parlamento.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Risos do Deputado do PCP João Oliveira.

Confiança expressa pelo apoio coeso e convicto da maioria absoluta dos Deputados nesta Câmara.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Nem é preciso fazer eleições!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Sr. Primeiro-Ministro, com as perguntas que os partidos lhe dirigiram e a

que o Sr. Primeiro-Ministro respondeu, com este debate vivo, frontal, que aqui hoje travamos, o Sr. Primeiro-

Ministro prestou os esclarecimentos que eram devidos e o Parlamento cumpriu a sua função de escrutínio do

Governo.

Para nós, Sr. Primeiro-Ministro, o caso está, de facto, encerrado. Mas não somos ingénuos e sabemos bem

que para a oposição os esclarecimentos nunca, nunca serão suficientes! Sabemos bem que é a dinâmica das

coisas, do combate político democrático, que a oposição até tente empolar estas situações e aproveitar-se

desta situação. É assim, Sr. Primeiro-Ministro.

Podemos lamentar esta visão politicamente mais mesquinha, podemos até denunciá-la, mas não vamos

andar a queixar-nos dela. Cada português, Sr. Primeiro-Ministro, vai, de facto, fazer o seu juízo sobre o

comportamento de todos, de todos os agentes políticos.

A nossa dinâmica, Sr. Primeiro-Ministro, é outra, a nossa dinâmica é diferente. A nossa dinâmica é

construir o tal, o tal País diferente, o tal País que encarou e está a vencer a crise — é o tal. E «o tal» é o País

do Dr. António Costa.

Risos do PS.

Estão a rir-se? Então, estão a rir-se do vosso líder. É esse País, o tal País diferente, Sr. Primeiro-Ministro.

Assumimos esta dinâmica independentemente da plateia que temos pela frente — diga-se de passagem, já

agora. Não somos daqueles que dizem coisas diferentes perante públicos diferentes,…

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!