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I SÉRIE — NÚMERO 60

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É ou não é verdade que temos tido, apesar das dificuldades, capacidade para investir nas unidades

hospitalares? E que tivemos de pagar, até ao momento, mais de 2000 milhões de euros de dívidas, dos 3000

milhões de euros que herdámos dos governos do Partido Socialista?

E é ou não é verdade que estamos a recrutar mais médicos para o Serviço Nacional de Saúde?

Sr. Primeiro-Ministro, é ou não é verdade que o Governo conseguiu fechar a negociação relativamente ao

fármaco que combate a hepatite C e que já chega, hoje — hoje, no momento em que estamos a realizar este

debate —, a 1400 cidadãos portugueses atingidos por esta doença?

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Este é o tal País diferente, Sr. Primeiro-Ministro. Este é o tal País mais

credível. É, de facto, diferente e mais credível!

E é também com essa diferença e com essa credibilidade que o Governo, como o Sr. Primeiro-Ministro

aqui disse na intervenção inicial, pode hoje liderar na Europa um debate muito relevante para a Europa e

também para Portugal e para a Península Ibérica, qual seja o de termos uma política energética que seja mais

diversificada, que combata a dependência e traga mais condições de competitividade à nossa economia.

Sr. Primeiro-Ministro, queria por isso também aproveitar esta ocasião para cumprimentar o Governo,

cumprimentá-lo a si pela Cimeira em que participou em Madrid e também por aquilo que resultou dos

encontros com as autoridades da Argélia.

Concluindo, Sr. Primeiro-Ministro, queria dizer-lhe o seguinte: a estabilização financeira, repito, é um

pressuposto, não é o fim da nossa política. Mas só cumprido esse pressuposto é que podemos, de facto, ter

hoje o País a crescer, podemos ter hoje o País a recuperar emprego e podemos ter hoje os serviços públicos

disponíveis para servir os cidadãos quando deles precisam.

É também por isso, Sr. Primeiro-Ministro, que quero aqui terminar dizendo-lhe, de uma forma ainda mais

convicta e reforçada pelo debate que aqui tivemos, que consideramos, eu próprio e o PSD, que o cidadão

Pedro Passos Coelho é, de facto, um cidadão que não é perfeito mas é o português mais bem preparado para

ser Primeiro-Ministro, nos próximos cinco anos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Saio deste debate ainda mais convencido, ainda mais convicto do caminho que estamos a percorrer, do

Governo que o Sr. Primeiro-Ministro lidera e da sua atuação enquanto dirigente político.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Montenegro, creio que as menções que fez,

nomeadamente quanto à política de saúde, à área da saúde, são bastante bem-vindas. E, sim, é verdade —

estive aqui justamente a ver as minhas notas —, tivemos conhecimento, recentemente, do relatório que foi

apresentado pela ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde) e que mostra o desempenho do nosso

Serviço Nacional de Saúde, ao nível da sua rede hospitalar, durante o ano de 2014. É verdade que ele mostra

claramente que não só houve um número significativamente mais elevado de cirurgias nos hospitais públicos

como houve também um número mais elevado de consultas externas, de consultas de enfermagem e não

apenas de especialidades.

Portanto, houve um nível de atividade superior ao de 2013, incluindo evidentemente também os episódios

de urgência, que tiveram, esses sim, um comportamento anómalo face a anos normais, mas que tiveram

também — como já tive ocasião de salientar aqui no debate parlamentar — uma resposta bastante

significativa por parte de todo o Serviço Nacional de Saúde.

Mas quero também aproveitar para acrescentar, Sr. Deputado, que, além desses desempenhos favoráveis

que o Sr. Deputado aqui assinalou, houve outras medidas e outros sinais importantes, em termos não apenas

de regularização das nossas políticas públicas sociais, apesar dos tempos difíceis por que passámos, mas