I SÉRIE — NÚMERO 93
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políticas e inicia a sua militância antifascista ativa que o levaria, em janeiro de 1964, a aderir ao Partido
Comunista Português.
Após o 25 de Abril de 1974 regressa a Portugal assumindo, desde logo, o cargo de chefe de redação do
Avante!, no qual permanece até 1976, data da fundação de O Diário, do qual foi o primeiro diretor até 1985.
A sua intervenção e atividade prosseguiu pelas décadas seguintes, destacando-se pelos múltiplos e valiosos
artigos que escreveu sobre a situação internacional e, particularmente, mas não só, da América Latina, da qual
era profundamente conhecedor em virtude do seu exílio no Brasil e da sua estada em Cuba durante vários anos.
Miguel Urbano Rodrigues foi assistente de História Contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade
de Lisboa em 1974/1975 e destacou-se como jornalista de investigação e reportagem, sendo igualmente autor
de uma relevante obra literária.
Foi presidente da Assembleia Municipal de Moura entre 1986 e 1988 e Deputado do Partido Comunista
Português na Assembleia da República entre agosto de 1987 e outubro de 1995, Deputado à Assembleia
Parlamentar do Conselho da Europa e à União da Europa Ocidental.
A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu pesar pelo falecimento de Miguel
Urbano Rodrigues e endereça aos seus familiares e ao PCP as suas condolências».
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Passamos ao voto n.º 323/XIII (2.ª) — De condenação e pesar pelos atentados no Egito e no Afeganistão
(Presidente da AR, BE, PSD, PS, PCP, Os Verdes e CDS-PP).
Peço à Sr.ª Secretária Idália Salvador Serrão o favor de ler este voto.
A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«Foi com profunda consternação que a Assembleia da República tomou conhecimento da ocorrência, na
passada sexta-feira, 26 de maio, do atentado na Província de Minya, no Egito, que matou 29 pessoas, entre as
quais crianças e jovens.
A tolerância e a convivência pacífica entre diferentes comunidades e confissões religiosas são um bem
inestimável. Essa é, aliás, uma das marcas da grande Nação egípcia que estes atos odiosos não conseguirão
abalar.
O sentimento de consternação repete-se pelo atentado desta quarta-feira, 31 de maio, em Cabul, no
Afeganistão, onde a explosão de um carro no bairro diplomático matou pelo menos 80 pessoas, deixando mais
de 300 feridos, entre os quais muitos civis, funcionários diplomáticos e jornalistas.
Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, reafirma o empenhamento de Portugal no
combate ao terrorismo e expressa a sua condenação por estes atentados, transmitindo o mais sentido pesar às
famílias enlutadas por estas tragédias e a sua mais sincera solidariedade às autoridades e aos povos do Egito
e do Afeganistão».
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Vamos agora votar o voto n.º 324/XIII (2.ª) — De pesar pelo falecimento de Armando Silva Carvalho
(Presidente da AR, CDS-PP, PSD, PS, PCP e BE), que vai ser lido pelo Sr. Secretário Duarte Pacheco.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«É com profundo pesar que a Assembleia da República assinala o falecimento do poeta Armando Silva
Carvalho.
Armando Silva Carvalho nasceu em Óbidos, em 1938, e fez os seus estudos superiores na Universidade de
Lisboa, onde se licenciou em Direito.