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I SÉRIE — NÚMERO 73

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Sr.as e Srs. Deputados, podemos ter as contas todas certinhas, podemos não ter qualquer défice, mas, se os

problemas do País persistirem, as políticas estão todas erradas, evidentemente.

Portanto, o que temos de fazer é dar resposta às necessidades das pessoas.

Sr. Primeiro-Ministro, quero dizer-lhe, com toda a franqueza, que, nas negociações do próximo Orçamento

do Estado, espero nunca ouvir o Governo dizer: «Ah, não pode ser, porque o défice em 2019 tem de ser de

0,2%». Isso não nos condicionará nas negociações do Orçamento do Estado. Não pode ser, Sr. Primeiro-

Ministro!

De resto, há investimentos que não podem ficar de parte, como já aqui foi falado, nos setores da saúde, da

educação, da cultura, dos transportes, da promoção da ferrovia, da promoção da coesão territorial no País. São

investimentos necessários a que temos de continuar a dar resposta. É assim ou não é, Sr. Primeiro-Ministro?

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

O Sr. Primeiro-Ministro: — É!

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, a forma sintética como fez a

pergunta — «é assim ou não é?» — permite, aliás, uma resposta simples: é! É assim, Sr.ª Deputada!

Aplausos de Deputados do PS.

Por isso, vamos continuar a política de reposição de rendimentos e de reforço do investimento público, porque

é precisamente essa política que nos tem permitido ter estes resultados.

É preciso deixar muito claro neste debate e na confrontação que temos com a direita que os resultados que

temos obtido, também nas finanças públicas, não são nem contra nem apesar da política que temos seguido.

Pelo contrário, é precisamente porque valorizamos a importância da reposição de rendimentos, porque

valorizamos a importância da criação de condições para o aumento do investimento que conseguimos — e

estamos a conseguir — ter estes resultados.

Para continuarmos a obter bons resultados, o que temos de fazer é continuar a trabalhar no mesmo sentido,

com as mesmas políticas e negociar o Orçamento para 2019, da mesma forma que negociámos os Orçamentos

de 2018, de 2017 e de 2016, mas agora com uma enorme vantagem, é que à quarta é muito mais fácil do que

à primeira. Isto porque já nos conhecemos melhor, já temos boas razões para confiarmos mais uns nos outros

e cada um sabe bem o que quer.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Por isso, seguramente, o próximo Orçamento vai ser mais fácil de negociar,

como o de este ano foi mais fácil de negociar do que o de 2017 e o de 2017 foi mais fácil de negociar do que o

de 2016.

O Sr. Presidente: — Tem mesmo de terminar, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Deputada, até lhe digo mais: estou convencido de que o Orçamento para

2020 ainda vai ser mais fácil de negociar do que o Orçamento para 2019.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para formular perguntas, o Sr. Deputado André Silva.

O Sr. AndréSilva (PAN): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Portugal tem feito manchetes um pouco

por todo o mundo com exemplos muito positivos. Por exemplo, ganhámos o Festival da Eurovisão e o