3 DE MAIO DE 2018
9
Protestos do PSD.
Falou também da Constituição, tendo os senhores governado contra essa mesma Constituição. Mas, mais
importante do que estar ao lado dos trabalhadores no 1.º de Maio, ou tão importante como isso, é estar ao lado
dos trabalhadores no trabalho que fazemos aqui no Parlamento.
Aplausos do PS.
Portanto, será importante lembrar que o seu partido votou contra o aumento histórico do salário mínimo,
votou contra a reposição de feriados, votou contra o Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos
Precários na Administração Pública (PREVPAP), votou contra o reforço da Autoridade para as Condições do
Trabalho (ACT), votou contra a responsabilização das empresas de trabalho temporário, votou contra a lei de
transmissão de estabelecimento, votou contra as leis de combate ao assédio, votou contra os fins de corte ao
subsídio de desemprego, votou contra o novo regime para trabalhadores independentes, votou contra o fim das
reduções remuneratórias e tem, ao longo desta Legislatura, votado contra tudo aquilo que temos feito para
melhorar a vida dos trabalhadores.
Trazemos aqui um acordo de concertação e os senhores votam contra. Portanto, será importante saber, mais
do que falar do passado, mais do que falar daquilo que temos vindo a fazer, se, finalmente, podemos contar
com o PSD para os combates que contam.
Neste momento, foi apresentado à concertação social um conjunto de propostas que procuram alterar as leis
do trabalho. Entre muitas outras coisas, procuram alterar a contratação a termo e procuram revogar o banco de
horas individual. Gostaríamos, pois, de saber se até ao final desta Legislatura contaremos, ou não, com o PSD
finalmente ao lado dos trabalhadores e ao lado destas propostas que, neste momento, temos em cima da mesa.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para responder aos dois pedidos de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado
Pedro Roque.
O Sr. Pedro Roque (PSD): — Sr. Presidente, em primeiro lugar, agradeço aos Srs. Deputados José Soeiro
e Tiago Barbosa Ribeiro as questões colocadas.
O Sr. Deputado José Soeiro disse que não viu o PSD no 1.º de Maio. Pois não o viu, certamente, na Alameda,
mas vê-lo-ia se fosse a Figueiró dos Vinhos, à festa da UGT, onde o PSD esteve representado, como, aliás,
também estiveram o Partido Socialista e o CDS, como acontece todos os anos desde que, neste País, há festas
do 1.º de Maio comemoradas em liberdade.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Pelos vistos, há diferenças entre as comemorações do 1.º de Maio!
O Sr. Pedro Roque (PSD): — O Sr. Deputado fala na questão da borla para as empresas e eu creio que não
terá compreendido o fundamental da minha intervenção. É óbvio que ouviu-a sob um prisma claramente marxista
e de luta de classes. O que eu disse foi que apoiávamos uma proposta, que é de uma central sindical, para
isentar de IRC empresas que se instalem no interior ou aquelas que já lá estão, sobretudo aquelas que foram
flageladas pelos incêndios, para criarem e manterem postos de trabalho.
Aplausos do PSD.
Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.
Vozes do PSD: — Também é contra?!