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I SÉRIE — NÚMERO 92

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O problema não é o da evolução relativa, o problema é em termos absolutos. Temos vindo a melhorar esta

negociação, mas ainda não estamos satisfeitos e temos de prosseguir com a negociação nas próximas

semanas, tanto para melhorar o nosso resultado na política de coesão como relativamente à PAC, tal como

temos feito ao longo das últimas semanas.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, a verdade é que os dados são

objetivos, tal como são objetivos os números sobre o crescimento económico dos outros países. É objetivo dizer-

se que Portugal cresceu — é verdade! —, mas bem menos do que a média da OCDE, como bem menos do que

a média da União Europeia. Países como Letónia, Polónia, Eslovénia, Hungria, República Checa, Estónia,

Lituânia, Áustria, Suécia, Holanda, Finlândia, Espanha, Grécia, Alemanha e França, todos eles, cresceram mais

do que Portugal em 2017! Estes são os dados objetivos que nos preocupam, porque nós temos de crescer ainda

mais do que os outros, já para não falar dos nossos vizinhos da Espanha ou da Irlanda, que estão sempre com

números bastante mais positivos do que os números portugueses.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Primeiro-Ministro, não posso deixar de tocar em outros assuntos

muito relevantes.

O senhor queimou a credibilidade do seu Governo em duas áreas essenciais, a saúde e a educação.

Na saúde, continuamos com as falhas constantes aos doentes e aos profissionais, com as listas de espera

crescentes para consultas e cirurgias, com serviços a fecharem — a fecharem! — por falta de enfermeiros e

médicos, com os profissionais exauridos com horas extra e com falta de colegas qualificados com quem partilhar

o trabalho.

Na educação, o seu Governo falhou com alunos, pais e professores. O Ministro que afirmou, aquando da

discussão do Orçamento do Estado, que ia «defender radicalmente os professores» é o mesmo Ministro que

agora não foi capaz de dialogar e de encontrar uma solução,…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — … é o mesmo que fechou a porta a qualquer diálogo, pondo em risco

os exames nacionais de acesso ao ensino superior.

Sr. Primeiro-Ministro, o que é que vai fazer agora? Vai abandonar os professores e deixar os alunos em risco,

ou vai passar por cima do Ministro e encontrar um outro negociador?

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro para responder.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Assunção Cristas, dados objetivos: no ano

passado Portugal cresceu acima da média europeia e quando V. Ex.ª era Governo crescíamos abaixo da média

europeia. São dados objetivos!

Aplausos do PS.

Relativamente à questão que coloca sobre os professores, já tive oportunidade de responder a todas as

bancadas, mas repetirei mais uma vez: o Governo, como é seu dever, negoceia com todos os sindicatos —

inclusive com a FENPROF, que VV. Ex.as tanto diabolizavam ainda há um ano —, de boa-fé e de forma

construtiva.