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I SÉRIE — NÚMERO 18

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Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sr. Ministro das Finanças, explique-me lá como é que isto é um

sucesso. Como é que mostra tanto autocontentamento quando estão imperdoavelmente a desperdiçar uma

oportunidade única e irrepetível no País?! Como é que isso é sucesso, Sr. Ministro das Finanças?

Explique-me talvez a mais lamentável e, mais, quase incompreensível escolha desta maioria, e,

seguramente, do Sr. Primeiro-Ministro: como é que os senhores decidiram e conseguiram fazer com que a carga

fiscal fosse a máxima de sempre e os serviços públicos estejam no mínimo de sempre?!

A Sr.ª Inês Domingos (PSD): — Muito bem!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sr. Ministro, puseram os portugueses a pagar uma parte do

rendimento gerado — maior do que alguma vez entregaram ao Estado — e, ao mesmo tempo, fizeram os

maiores cortes e cativações de sempre dos investimentos públicos. Esta é uma marca histórica socialista! Isto,

sim, é histórico: carga fiscal máxima para serviços públicos mínimos!

Protestos da Deputada do PS Marisabel Moutela.

Sr. Ministro Centeno, sim, são números seus, do seu Relatório: o ano de 2018 regista o recorde de sempre

de carga fiscal, que, em 2019, ficará acima da de qualquer dos anos anteriores!

Em 2019 — números seus, Sr. Ministro! —, famílias e empresas vão pagar mais 7000 milhões de euros de

impostos do que pagaram em 2015. Só no próximo ano são mais 1400 milhões de euros.

O Sr. Carlos Silva (PSD): — Pois é!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Já sei, vêm com a conversa da ilusão: «Nós não fizemos nada por

isso! Não é culpa nossa!» Ó Sr. Ministro, os impostos que os portugueses pagam, a carga fiscal máxima que

pagam é responsabilidade sua, e do Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Quando cresce a economia, espera-se que os impostos arrecadados

baixem!…

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sim, pelas omissões relativamente a alguns impostos e pelos

agravamentos relativamente a tantos outros!

Sim, outra vez, como fizeram nos três Orçamentos anteriores, voltam a aumentar 11 impostos! Dos

combustíveis às tributações autónomas em IRC e IRS, à não atualização dos escalões em IRS, por exemplo,

ao imposto do selo, ao imposto sobre o tabaco, ao imposto único de circulação (IUC), ao imposto sobre veículos

(ISV); das contribuições sobre os recursos florestais à taxa municipal de proteção civil — grande herança do

atual Primeiro-Ministro, ex-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que quer à força criar uma taxa de

proteção civil, a ser paga por todos os portugueses, mesmo quando o Tribunal Constitucional diz que «não há

serviço nenhum!», porque isso é bem com António Costa, paga mas não recebe serviço de volta. Pois é!

Aplausos do PSD e de Deputados do CDS-PP.

Sr. Ministro Centeno, sabe que mais chocante do que essa opção de pôr os portugueses a pagar mais

impostos do que sempre, é cobrar mais impostos para lhes entregar piores serviços.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sim, é isso que têm feito! São as lamentáveis notícias de factos

relativos a atrasos, supressões, adiamentos de serviços públicos — das consultas às cirurgias, dos comboios