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I SÉRIE — NÚMERO 18

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O Sr. Fernando Rocha Andrade (PS): — … e convém ler com atenção os acórdãos do Tribunal

Constitucional, antes de atirar este tipo de afirmações irresponsáveis para cima da proteção civil deste País.

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — E nós pagamos impostos para quê?!

O Sr. Fernando Rocha Andrade (PS): — Mas, Sr. Ministro das Finanças, o debate até agora teve a grande

vantagem de esclarecer totalmente a questão do eleitoralismo. Senão, vejamos. O PSD abre o debate a dizer

que este Orçamento é eleitoralista. Logo vem o Deputado António Leitão Amaro e diz «atenção, porque este

Orçamento cobra imensos impostos aos portugueses e não gasta o suficiente nos serviços públicos», o que —

diria eu — é a antítese de eleitoralista.

Aplausos do PS.

Mas, verdadeiramente, tudo isso é ultrapassado pela intervenção da Sr.ª Presidente do CDS, que, debaixo

daquela saraivada de adjetivos, conseguiu, basicamente, prometer tudo a toda gente que, recentemente, tenha

reivindicado alguma coisa. E fez isto, somando milhares de milhões à despesa, quando, na sexta-feira, tinham

aqui umas propostas para retirar milhares de milhões à receita.

Aplausos do PS.

Verdadeiramente, o Orçamento para o CDS não é uma coisa de receitas e despesas, é uma pantomima da

commedia dell’arte…

Aplausos do PS.

… e é por causa disso que mantemos o nosso compromisso de rejeitar todas as propostas do CDS que o

nosso sentido de responsabilidade nos obrigue a rejeitar.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Nem sabem o que são!

O Sr. Fernando Rocha Andrade (PS): — Mas, Sr. Ministro das Finanças, queria também referir-me à

questão de este Orçamento acautelar ou não o futuro ou ser, numa expressão que foi aqui usada, «chapa ganha,

chapa gasta». Repare-se que «chapa ganha, chapa gasta» já seria um progresso, porque, em Orçamentos

anteriores, o que tínhamos era que a «chapa ganha» não chegava para a «chapa gasta» e era preciso pedir

«chapa» emprestada.

Risos e aplausos do PS.

E sempre mais «chapa» do que aquela que, inicialmente, se tinha previsto!…

Portanto, Sr. Ministro das Finanças, o primeiro sinal de compromisso deste Orçamento com o futuro é o facto

de ser mais um Orçamento que diminui a dívida pública, sendo esta o encargo que cada uma das nossas

decisões financeiras deixa às gerações futuras.

Este e o anterior Orçamento, por terem os défices mais baixos da democracia, são o principal sinal do nosso

compromisso com o futuro. Mas não são só! É que aquela receita fiscal que o Sr. Deputado António Leitão

Amaro se recusa a compreender, que é receita fiscal e contributiva e que cresce fundamentalmente porque o

desemprego desce muito mais do que, aliás, tínhamos antecipado,…

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Ora!