27 DE NOVEMBRO DE 2018
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científica; a reposição dos subsídios a bolseiros para participação em missões e idas a congressos; um plano
de atualização, modernização e reforço de meios dos Laboratórios do Estado; um programa de dinamização do
Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SCTN).
A utilização de bolseiros de investigação para realizar trabalho científico no SCTN recorrendo a vínculos
precários traduz-se na desvalorização do trabalho de investigador.
O PCP propõe a integração progressiva de todos os bolseiros na carreira de investigação científica e, até
que a integração de todos os bolseiros seja uma realidade, uma atualização anual, a partir de 2019, das bolsas
de investigação.
Propomos a reposição dos subsídios anteriormente existentes, como aquele para a participação em
congressos e para aqueles a quem ainda não é autorizada a entrega de teses em formato digital o PCP entende
que os Laboratórios do Estado são instrumentos fundamentais para a soberania nacional em todas as áreas em
que prestam serviços e desenvolvem atividades científicas. Durante muito tempo, o PCP foi o único a apresentar
propostas no sentido de ver repostas todas as condições para o seu funcionamento, passando pela
modernização e pelo reforço de meios. Esta é mais uma proposta que reforça essa necessidade.
A existência de um Sistema Científico e Tecnológico Nacional coeso e pujante é fulcral para a articulação
entre o setor produtivo e o desenvolvimento social, humano e territorial.
Nesse sentido, o PCP propõe a criação de um programa de dinamização do Sistema Científico e Tecnológico
Nacional, contemplando medidas direcionadas quer para o setor público, quer para o setor privado.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Vamos entrar no âmbito do artigo 34.º — Substituição da subcontratação
de empresas por contratação de profissionais de saúde, integrando as seguintes propostas: 25-C, do BE; 33-C,
do BE; e 403-C, também do BE.
Tem a palavra o Sr. Deputado Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda.
O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, construir
um Serviço Nacional de Saúde dotado de profissionais que estão no local onde são necessários é o
compromisso que o Bloco de Esquerda traz ao Orçamento do Estado para 2019.
Por isso, apresentamos várias propostas de adenda ao Orçamento: reforço de quase 200 profissionais no
INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal) para garantir a operacionalidade dos meios
existentes e a abertura de novos meios; contratação de psicólogos nos centros de saúde, porque a saúde mental
tem de ser uma aposta do Serviço Nacional de Saúde; contratação de nutricionistas nos centros de saúde,
porque a prevenção e o controlo de doenças também se fazem por esta via, principalmente num País onde a
diabetes é uma epidemia; contratação de técnicos de saúde ambiental; abertura de mais vagas em zonas
carenciadas para fixar médicos nas regiões do interior do País; aumento das vagas para formação médica
especializada, através de um concurso extraordinário.
Não podemos deixar de dizer que é preciso formar mais médicos em Portugal, para que o Serviço Nacional
de Saúde seja também um melhor serviço para todos os utentes.
Sr.as e Srs. Deputados, o compromisso do Bloco de Esquerda é o da construção de um Serviço Nacional de
Saúde de qualidade. Resta saber, e saberemos logo nas votações destas propostas do Bloco de Esquerda, se
o compromisso dos restantes partidos é o mesmo.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Vales, do PSD.
O Sr. Luís Vales (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, o artigo 34.º
da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2019 é bem a marca da atual maioria política de esquerda.
Com o pomposo título «Substituição da subcontratação de empresas por contratação de profissionais de
saúde», esse artigo limita-se a reproduzir um artigo idêntico ao do Orçamento do Estado para este ano e deverá
alcançar um resultado idêntico ao deste ano, ou seja, rigorosamente zero!