O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 1

42

É justo que eles possam participar na construção das respostas a dar à crise sanitária e socioeconómica que

vivemos e, não menos importante, é justo ouvir as suas reivindicações no que respeita à crise climática, que,

não nos esqueçamos, não deixou de existir.

Para terminar, é igualmente justo que uma parte significativa das verbas provenientes da União Europeia e

do Orçamento do Estado sejam também afetas a satisfazer as suas necessidades e que, com isso, seja possível

garantir-lhes um futuro melhor. Este é um investimento que não pode, continuamente, ser adiado!

Aplausos do PAN.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr.ª Deputada, inscreveram-se quatro Srs. Deputados para lhe dirigirem pedidos de esclarecimento, pelo que a Mesa gostaria de saber como pretende responder.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Dois a dois, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Muito bem, Sr.ª Deputada. Tem, então, a palavra, em primeiro lugar, para formular o seu pedido de esclarecimento, a Sr.ª Deputada

Maria Begonha, do PS.

A Sr.ª Maria Begonha (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, antes de mais, gostaria de saudar, naturalmente, o tema que o PAN aqui trouxe, na sua declaração política, tema que devia, aliás,

ocupar mais tempo nos nossos debates políticos e neste Parlamento, porque está sempre no epicentro dos

desafios do País, e também desta pandemia, justamente pelas dificuldades que as gerações mais novas e a

juventude atravessam no momento atual.

Para o Partido Socialista, como sabe, a resposta aos mais vulneráveis e aos mais desprotegidos nesta crise

é uma prioridade.

Os jovens, as gerações não apenas mais qualificadas mas mais novas do País foram das mais afetadas por

esta crise, aliás, a segunda que vivem num curto espaço de tempo. E, ao contrário do que dizia aqui hoje o CDS,

quando foi a direita a gerir uma crise, não resolveu a bancarrota, adiou percursos e vidas de uma geração inteira.

Nós comungamos de parte do que disse a Sr.ª Deputada, porque, para nós, a diferença na resposta está

justamente no papel do Estado e das políticas públicas, centradas e a responderem aos problemas concretos

dos jovens.

Por isso, desafios transversais, anteriores à pandemia, como o da precariedade a que os jovens estão

particularmente expostos, o do desemprego jovem, o do acesso à habitação, o do acesso ao conhecimento

democratizado para todos, já eram prioridades antes desta crise.

A crise veio agravar o acesso mais democratizado ao conhecimento e veio também agudizar o problema do

acesso ao emprego. É também por isso que temos tido respostas e temos hoje programas aprovados, e em

vigor, de estímulo ao combate ao desemprego jovem e à contratação de jovens e que continuamos com uma

prioridade de investimento público na habitação, que também se destina a jovens.

Isto não significa que os desafios estão ultrapassados, significa apenas, Sr.ª Deputada, que, naturalmente,

como comungamos da ideia de o Estado estar centrado nas prioridades dos jovens, também temos de

reconhecer que temos feito caminho, ano após ano, para conseguir democratizar as oportunidades e combater

percursos adiados e afetados.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Sr.ª Deputada, chamo a sua atenção para o tempo utilizado.

A Sr.ª Maria Begonha (PS): — Por isso, Sr.ª Deputada, termino, pedindo apenas alguns contributos mais objetivos do PAN, visto que o Governo também já está, naturalmente, a atuar nesta matéria.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Tem, agora, a palavra, também para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Alexandre Poço, do PSD.