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I SÉRIE — NÚMERO 19

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O seu Governo continua sem pagar os gastos de saúde dos retornados da Venezuela.

Sr. Primeiro-Ministro, Sr. Ministro das Finanças, a pergunta que os madeirenses fazem é quando, quando é

que o seu Governo vai mudar de estratégia e deixar de prejudicar a Madeira? E, já agora, Sr. Ministro, quando

é que o seu Governo vai pagar o que deve à Madeira e aos madeirenses?

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias, do Grupo Parlamentar do PCP.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Ministro das Finanças, o PCP já afirmou com toda a clareza que não desiste deste combate e

deste trabalho no debate orçamental para enfrentar os problemas nacionais e confrontá-los com a alternativa

que existe para lhes dar resposta.

Tal como temos sublinhado, é perante as opções concretas que o Governo tem de clarificar se é com o PCP

que vai convergir ou se é com outros que pretende alcançar entendimentos e convergências.

É sobre as opções concretas em relação às micro, pequenas e médias empresas que o questionamos.

Quando se torna cada vez mais evidente a urgência de apoiar estas empresas, de não abandonar estes

pequenos e microempresários e os trabalhadores, é preciso que o Governo se defina quanto às medidas

concretas que, afinal, vai assumir neste Orçamento para responder aos problemas gritantes que estão a

enfrentar.

Vão, finalmente, ser garantidos os apoios e, principalmente, a eficácia da sua aplicação, a chegar ao terreno,

lá nas empresas onde fazem falta? Vai haver vontade política para verdadeiramente passar à prática sem mais

perdas de tempo? Ou vão continuar as respostas limitadas, insuficientes, tarde e a más horas, empurrando os

problemas para a frente?

É essa a questão que nesta matéria precisamos de ter bem clara no debate orçamental, Sr. Ministro!

Vão convergir com o PCP para acabar com as exclusões e discriminações no acesso das empresas aos

apoios? Ou vão continuar os critérios absurdos a afastar milhares e milhares de empresas e empresários, nas

normas regulamentares, nos regimes contabilísticos, nas decisões dos bancos?

Vão convergir com o PCP no reforço e na efetiva concretização das medidas de apoio aos sócios-gerentes

das micro e pequenas empresas? Ou vão manter-se os obstáculos, as burocracias, as complicações

processuais com que estes empresários são confrontados?

O Governo vai convergir com quem relativamente às questões da fiscalidade para as micro, pequenas e

médias empresas?

Vai assumir, outra vez, a visão restritiva, limitativa, de retrocesso até face à lei desta Assembleia, desde logo,

quanto à suspensão do pagamento por conta de IRC? Ou vai rever essa posição e aceitar finalmente essa

medida, tal como foi aprovada em junho deste ano, por proposta do PCP?

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Bem lembrado!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — A lei aprovada em junho, Sr. Ministro. Sr. Ministro, Srs. Membros do Governo, não vale a pena falar genericamente em «proteger rendimentos» ou

em «apoiar as empresas», se, depois, no concreto, nas opções e nas medidas da política orçamental e da

política económica, as «convergências» forem, afinal, para impedir e não para concretizar as respostas aos

problemas do País, da economia nacional, dos setores produtivos e das micro, pequenas e médias empresas.

É por isso que, desde já, importa que o Governo assuma claramente de que lado se quer posicionar neste

debate orçamental. É que isto não é como começa, Sr. Ministro, é como acaba.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Costa, do Grupo Parlamentar do PS.