I SÉRIE — NÚMERO 19
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a forma como temos conduzido uma política de combate à precariedade, mas, claramente, essa tem de ser uma
das nossas prioridades globais como País, seja com alguns instrumentos concretos que propusemos ao longo
das negociações com os partidos de esquerda, nomeadamente o combate ao recurso abusivo ao trabalho
temporário, como o alargamento da ação especial para reconhecimento do contrato de trabalho nas situações
de utilização indevida do trabalho temporário. São medidas muito concretas e é isso que queria frisar.
Claramente, este combate à precariedade tem de ser uma missão conjunta, coletiva, do País, mas com
medidas concretas e sem andar para trás, andando para a frente, respondendo aos problemas e desafios
presentes e futuros, regulando as novas formas de trabalho, protegendo os trabalhadores das plataformas, sem
linhas vermelhas. O que nos interessa é dar respostas concretas às pessoas, que mudem as suas vidas e lhes
garantam estabilidade no emprego.
O Orçamento do Estado também procura dar resposta às pessoas mais vulneráveis, seja às pessoas com
deficiência, seja às pessoas mais velhas, e também aqui com um reforço do apoio ao setor social e às instituições
que respondem em primeira linha a estes públicos. Só a título de exemplo, mostro-vos este gráfico,…
Neste momento, a oradora exibiu um gráfico.
… para relembrar ao PSD e ao CDS o que foi a evolução dos apoios ao setor social, que, certamente, já não
têm presente. Nos últimos anos, reforçámos em 300 milhões de euros o orçamento dedicado aos acordos de
cooperação.
Aplausos do PS.
Contas feitas, o Governo CDS/PSD reforçou-o em 117 milhões de euros, nós reforçámo-lo no triplo. E o
Governo CDS/PSD certamente lembra-se do que fez: aumentou o número de camas em lares, mantendo os
mesmos equipamentos, portanto, enchendo os equipamentos.
Aplausos do PS.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não sabe o que está a dizer!
A Sr.ª Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: — Em relação às pessoas com deficiência, apresentamos uma medida estrutural para o programa Valor T, para inclusão no mercado de trabalho das
pessoas com deficiência como fator crítico para promoção da sua independência. Além disso, temos também,
cada vez mais, uma grande preocupação em criar e melhorar medidas que, de facto, discriminem positivamente,
nomeadamente em termos de discriminação das licenças, para que haja uma maior e efetiva conciliação da vida
pessoal, familiar e profissional.
Termino, dizendo que muitas foram as medidas concretas que fomos negociando e apresentando aos
partidos de esquerda e espero que seja um caminho que continuemos a trilhar em conjunto, porque é isso que
o País espera de nós.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — A Mesa regista ainda um pedido de intervenção, da Sr.ª Deputada Isaura Morais, do Grupo Parlamentar do PSD.
Faça favor, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Isaura Morais (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: A história do PSD é indissociável da sua ligação ao poder local, assente no protagonismo dos seus
autarcas e na importância que sempre deu às autarquias.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Muito bem!