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I SÉRIE — NÚMERO 19

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Sabemos, tanto o Bloco como o Governo, qual é a solução: técnicos qualificados. E essas pessoas não são

números, são quem vai salvar o Serviço Nacional de Saúde. Se não houver uma carreira com condições, elas

não vêm, e nós precisamos delas, hoje!

Vozes do BE: — Muito bem!

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, faça os jogos políticos que quiser.

Risos do Primeiro-Ministro.

Acuse-nos,…

Protestos do PS.

… ameace-nos, aplauda quem nos insulta. O Bloco não mudará de voz. Insistiremos na exclusividade do

Serviço Nacional de Saúde, no apoio social de quem perdeu tudo com a crise, na proteção contra o

despedimento, na exigência contra a fraude financeira.

Levante-se o Partido Socialista com a esquerda nestas matérias estruturais e o Bloco lá estará para viabilizar

um bom Orçamento.

Protestos do PS.

Aprovaremos um Orçamento que responda à emergência. Recusamos um Orçamento que desista de

Portugal.

Com medidas confiáveis, concretizáveis e que mobilizem respostas sólidas, conta connosco. Sem medidas

confiáveis e concretizáveis, conte com quem quiser, mas o Bloco de Esquerda não desiste de Portugal.

Aplausos do BE.

O Sr. Pedro do Carmo (PS): — Até o André Ventura aplaude!

O Sr. Presidente: — É a vez de o Sr. Deputado Rui Rio, em nome do Grupo Parlamentar do PSD, usar da palavra.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Rui Rio (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: A Assembleia da República debateu hoje o Orçamento do Estado para 2021, num quadro de fortes

constrangimentos económicos, sanitários e sociais. Estamos todos conscientes do quanto a pandemia que

estamos a viver o condiciona e nos obriga a um acréscimo de rigor e de preocupação para com o nosso futuro

coletivo.

A par desta realidade, que ninguém pode negar, temos também os óbvios condicionamentos decorrentes da

política económica e orçamental dos últimos cinco anos.

Quatro desses cinco anos foram períodos de ambiente económico favorável, que deveriam ter merecido uma

governação mais virada para o futuro do País e menos preocupada em agradar às clientelas eleitorais do PS e

dos partidos que com ele desenharam a linha de rumo que o País tem seguido.

Aplausos do PSD.

A história e a ciência económicas ensinam-nos que as crises são cíclicas e que, por isso, um Governo

responsável sabe que, em épocas de crescimento, tem de preparar a economia para que ela consiga a robustez

necessária para enfrentar os períodos de recessão, ou seja, para estar capaz de minorar os problemas sociais

deles decorrentes.