O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 19

94

A 6 de outubro de 2019 os portugueses votaram, aumentaram o Grupo Parlamentar do Partido Socialista e

pediram que houvesse uma junção de esforços à esquerda para prosseguirmos o caminho da anterior

Legislatura.

O Sr. João Paulo Correia (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — E não, Sr.ª Deputada Catarina Martins, nunca ouviu da parte do Partido Socialista ou da parte do Governo a desistência de continuarmos os esforços à esquerda neste

Parlamento. Nunca!

Aplausos do PS.

Aliás, a Sr.ª Deputada deve recordar-se bem que o Bloco de Esquerda, logo em outubro de 2019, disse: «não

queremos uma coisa para a Legislatura, faremos medida a medida, orçamento a orçamento».

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Bem lembrado!

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Nós não desistimos da junção de esforços à esquerda e é assim que temos trabalhado.

Aplausos do PS.

Protestos do BE.

Foi assim, interpretámos os resultados eleitorais e por isso o Orçamento do Estado para 2020 foi construído

à esquerda.

Nenhum de nós supunha que, em março de 2020, fossemos atingidos, de forma ainda incalculável quanto

aos seus efeitos, por uma pandemia que traz consequências graves na saúde e que, por causa dela, trouxe

consequências económicas e sociais.

Foi assim, neste contexto, que apresentámos um Orçamento Suplementar, porque tínhamos excedente

orçamental, para responder aos efeitos da pandemia, e respondemos com o reforço do Serviço Nacional de

Saúde, com proteção social para quem nada tinha, com a escola pública e com o apoio às empresas e ao

emprego.

O Orçamento para 2021 é, Sr.as e Srs. Deputados, um Orçamento prudente, responsável, em tempo de

incertezas, sem recuos e com reforço do Estado social e da economia.

Aplausos do PS.

É um Orçamento que responde aos desafios com que estamos confrontados nesta pandemia, é bom para

as famílias, é bom para os trabalhadores, é bom para as empresas, é bom para o Estado social, reforça o Serviço

Nacional de Saúde, a escola pública, a segurança social. Não aumenta impostos, não corta rendimentos, não

tem austeridade.

Sr.as e Srs. Deputados, desde julho que temos tido negociações entre o Governo e os nossos parceiros à

esquerda. Sim, continuamos a privilegiar a construção das soluções com a esquerda parlamentar, sem esquecer

que é o PS que governa.

Aplausos do PS.

E, Srs. Deputados, negociar não é ceder, negociar é fazer compromissos e é por isso que a proposta que

está em apreciação neste Parlamento é fruto das negociações. Este é o princípio do caminho e não o fim do

caminho que o Bloco de Esquerda quer impor.