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4 DE DEZEMBRO DE 2020

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Mas a crise não afeta só o tecido empresarial.

Por isso mesmo, o PAN, no Orçamento do Estado que acabámos de aprovar na semana passada, não

esqueceu as entidades da economia social ou do setor cultural e as organizações não governamentais, que, a

cada dia, e com parcos recursos, têm estado na linha da frente das respostas aos impactos sociais e

económicos da COVID-19, apoiando as franjas mais vulneráveis da população, entidades que, tenhamos isto

bem presente, representam igualmente 6,1% do emprego remunerado da economia nacional e que dão

respostas absolutamente imprescindíveis à população mais vulnerável.

É fundamental garantir que as missões de interesse público levadas a cabo pelas organizações não

governamentais, sejam das áreas dos direitos humanos, do ambiente ou das demais atuações, que são

cruciais para assegurar um País melhor, não fiquem prejudicadas ou paradas por causa desta crise sanitária.

Mas, mais uma vez, as propostas nesse sentido foram chumbadas por este Parlamento.

Sr.as e Srs. Deputados: A rejeição de propostas relativas à economia social, sem a aprovação de quaisquer

alternativas, é o caminho para a ausência de uma rede social imprescindível ao nosso País.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada, queira concluir, por favor.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Concluo já, Sr. Presidente. Esta Assembleia tem um importante papel de resposta à crise que estamos a viver e não pode demitir-se e

deixar de mostrar sensibilidade aos diferentes setores. Mais: tem de estar à altura da responsabilidade de

aprovar medidas. Não podemos continuar a dizer algo para fora deste Hemiciclo e, na hora de votar, fechar os

olhos e rejeitar aquelas que são as respostas a dar e o caminho que tem de ser feito.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, a sua declaração política suscitou cinco inscrições para pedidos de esclarecimento. A Sr.ª Deputada dirá como pretende responder.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Presidente, responderei em dois conjuntos, um primeiro de dois e outro de três.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Então, o primeiro pedido de esclarecimentos cabe ao PSD. Para o efeito, tem a palavra a Sr.ª Deputada Helga Correia.

A Sr.ª Helga Correia (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Inês Sousa Real, antes de mais, gostaria de saudar o PAN por ter trazido a debate um tema da maior pertinência. Os apoios

sociais sempre foram um tema relevante, ainda mais num período de pandemia, num período de crise

económica e social, num período como este que estamos a viver.

Sr.as e Srs. Deputados, ninguém pode ficar para trás. O Grupo Parlamentar do PSD congratula-se por ter

visto aprovada, na última semana, na discussão do Orçamento do Estado na especialidade, a proposta de

alteração para apoio aos sócios-gerentes de micro e pequenas empresas, uma proposta da mais elementar

justiça, que vem apoiar os pequenos empresários da restauração, os pequenos empresários das mercearias,

os pequenos empresários dos cafés, porque entendemos que ninguém pode mesmo ficar para trás, que

ninguém pode ficar fora do radar dos apoios sociais.

E, nesta matéria de apoios sociais, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, gostaria de alertar este

Parlamento para o facto de existirem apoios sociais, aprovados no último Orçamento Suplementar, que ainda

não chegaram às pessoas que deles necessitam para viver, para terem uma vida tranquila no seu dia a dia.

Importa dizer que, aqui, o Estado continua a falhar, porque o Estado continua a deixar algumas pessoas para

trás, e não podemos deixar essas pessoas para trás. E o PSD tem insistido e alertado para a importância de

não deixar ninguém para trás, nomeadamente as pessoas, as empresas e as instituições do setor social.

No que diz respeito às instituições do setor social, o PSD tem alertado insistentemente para o facto de o

respetivo subfinanciamento continuar a persistir. Nesse sentido, no último Orçamento do Estado,

apresentámos uma proposta que vinha colmatar as necessidades de ajustamento deste setor.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada, queira concluir.