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4 DE DEZEMBRO DE 2020

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O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — O último pedido de esclarecimento vai ser formulado pelo Sr. Deputado Hugo Oliveira, do Partido Socialista.

O Sr. Hugo Oliveira (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, os apoios sociais são uma ferramenta muito importante no combate à pobreza e às desigualdades. Essa é e sempre foi a visão do PS.

Desde 2015, último ano em que o PSD e o CDS governaram, o Governo do PS, também com o apoio do PAN,

já aumentou as prestações sociais em 25%. Trata-se de 5 mil milhões de euros a mais em apoios sociais do

que aquilo que o Governo da direita investiu.

Se os apoios sociais, mesmo com a economia a crescer, são importantes, nas crises eles tornam-se

imprescindíveis. Por isso, o Orçamento do Estado para 2021 responde à urgência sanitária, social e

económica com que estamos confrontados nesta pandemia: é bom para os trabalhadores porque protege o

emprego, é bom para as empresas porque garante apoios e agora também para os sócios-gerentes, é bom

para o estado social porque reforça o SNS, a escola pública, a segurança social e o combate à pobreza e é

um bom apoio para as famílias, porque protege os seus rendimentos.

Sr.ª Deputada, mesmo não satisfazendo todas as pretensões do PAN, o Orçamento dá resposta a esta

crise, aumentando os apoios sociais, contrariamente ao que a direita fez de 2012 a 2015, e que agora está a

fazer nos Açores, onde um dos pontos do acordo celebrado entre o PSD, o CDS e o Chega é no sentido dos

cortes nos apoios sociais.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Hugo Oliveira (PS): — Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, o que lhe pergunto é qual o caminho que o PAN entende como correto: o caminho do Partido Socialista, do aumento dos apoios sociais para fazer face

à crise, ou o caminho do PSD, do CDS e do Chega, que é o de voltar a cortar.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para responder, a Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Deputado João Almeida, em relação às questões que me colocou, quero deixar bem claro que o PAN não se eximiu, em momento algum, das suas responsabilidades,

apresentando, continuadamente, soluções para situações que acredita serem injustas para o País, assim

como, em sede de especialidade do Orçamento do Estado, contribuiu para um Orçamento que não é apenas

para o ano de 2021, mas que é dirigido para a retoma de uma crise económica sem precedentes no nosso

País.

Nesse sentido, Sr. Deputado, recordo-lhe uma questão: o Orçamento que aqui entrou era um Orçamento

trazido pelo Governo, mas o Orçamento que daqui saiu era um Orçamento deste Parlamento.

E não me cabendo a mim defender, evidentemente, o Governo, há algo que não posso deixar de lhe dizer,

Sr. Deputado: o PAN não se demitiu de apresentar propostas de alteração a este Orçamento, que foram, de

facto, também acolhidas, quer pelo Partido Socialista, que sustenta o Governo, quer também, algumas delas,

pela direita.

Mas houve respostas da direita que os senhores também rejeitaram, como as respostas para as empresas,

de quem os senhores se dizem tão amigos, colocando-se, no entanto, na hora de votar, à margem daquilo que

eram os apoios.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Qual? Diga uma!

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Deputado, se tivesse estado atento ao debate, teria constatado que tínhamos já anunciado propostas para as empresas para, por exemplo, fazerem face àquilo que são as

despesas com os seus profissionais, da mesma forma que este Orçamento vem dar resposta em matéria