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4 DE DEZEMBRO DE 2020

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deficiências do serviço, enquanto que as pequenas publicações, em geral, da imprensa regional são

confrontadas com problemas graves e com uma preocupação profunda na incerteza quanto ao que virá a

acontecer a partir de 1 de janeiro de 2021.

Nesse contexto, coloca-se com ainda mais premência, com ainda mais urgência, a necessidade de se

proceder, de facto, à reversão da privatização dos Correios.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, estou a olhar para si…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Termino, Sr. Presidente. Portanto, a pergunta que queria mesmo dirigir ao Sr. Deputado é se não considera que o tempo urge e que

cada dia, cada semana que se está a gastar neste processo é tempo perdido e prejuízo para o Estado, para o

País e para o interesse nacional.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para um último pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Costa, do Partido Socialista.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Hugo Costa (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, quero saudar o Partido Ecologista «Os Verdes» pela escolha do tema da sua declaração política.

Os CTT são uma empresa histórica no nosso País. São 500 anos de história, 500 anos de extrema

importância para a coesão territorial, para a economia e o desenvolvimento do nosso País.

Em 2013 e 2014, o Governo da altura, liderado pelo PSD e pelo CDS, privatizou a empresa. Foi além da

troica. Defendeu a privatização total da empresa, ao contrário do apontado pela troica.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — O senhor tem noção do que está a dizer? Isso é absurdo!

O Sr. Hugo Costa (PS): — Em 2014, nada obrigava à privatização dos restantes 30%, como foi feito. Além disso, o encaixe ficou bem abaixo do preço de mercado. Vendeu por 900 milhões de euros uma

empresa de enorme importância e de capital estratégico para o País. Um erro histórico! Já aqui falámos em

jogos de dominó, mas não, este não foi um jogo de dominó, foi um jogo de monopólio, em que o País foi o

grande prejudicado. Tratou-se de um erro histórico!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Vai daí…

O Sr. Hugo Costa (PS): — O PSD e o CDS gostam muito de falar do interior, mas foi a privatização dos CTT que levou ao encerramento de muitas das suas estações no nosso País.

Portugal é hoje um dos poucos países com um serviço postal totalmente privatizado. Experimentalismo

ideológico foi o que o PSD e o CDS fizeram, quando estavam no Governo, em relação às decisões sobre os

CTT.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Que descaramento!

O Sr. Hugo Costa (PS): — Uma defesa intransigente da qualidade do serviço tem sido o que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista tem defendido nesta matéria. Defendemos que todos os concelhos do País

tenham uma estação dos CTT, e esse projeto de resolução que apresentámos teve o voto contra do PSD.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Só uma?!

O Sr. Hugo Costa (PS): — Também defendemos que os níveis de qualidade de serviço — o prazo de entrega, os postos de acesso e a regularidade e fiabilidade do serviço — sejam cumpridos. Bem sabemos que