29 DE JANEIRO DE 2021
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E não esquecemos todos os profissionais que, diariamente, se expõem ao risco, que trabalham arduamente
para as nossas necessidades mais básicas e elementares serem satisfeitas, em tempos de pandemia: os
trabalhadores municipais que asseguram a limpeza dos espaços por todo o País; os farmacêuticos; os
empregados de supermercados e minimercados; os padeiros; aqueles que fazem chegar a comida às nossas
casas; os bombeiros; as forças de segurança; e tantos, tantos que não param para que as nossas vidas sejam
menos difíceis nestes tempos.
Sim, os dias são diferentes, mas todos, todos e cada um de nós temos de contribuir para que esta pandemia
seja vencida!
É neste cenário de mais infetados, de mais internados e de mais mortos que defendemos e aprovamos a
renovação deste estado de emergência. Porque a situação pandémica o exige, porque a nossa responsabilidade
coletiva é tudo fazer para salvar vidas, por nós, pelas nossas famílias, pelos nossos amigos, por todos os
portugueses!
Este é um decreto de estado de emergência que dá ao Governo poderes de maior fiscalização e, por isso,
os comportamentos sociais são hoje tão essenciais para ajudarmos todos nesta batalha.
Regresso às minhas palavras de março, à primeira declaração de estado de emergência: «Não é de ânimo
leve que, na casa da democracia, votamos a suspensão transitória e parcial do exercício de alguns direitos,
liberdades e garantias, mas este é o momento em que isto se impõe e a situação assim o exige.»
Sr.as e Srs. Deputados, há um ano ninguém imaginava ser hoje possível vacinar tantas e tantas pessoas. Em
Portugal, até ao momento, já foram vacinadas mais de 180 000 pessoas, principalmente os profissionais da linha
da frente e os mais vulneráveis. E a rapidez com que, felizmente, a vacina foi criada — com a mobilização
esmagadora da comunidade científica mundial — rima com a rapidez com que desejamos vacinar a nossa
população.
Era impensável, há um ano, que a ciência desse um passo de gigante e fabricasse uma vacina. O que antes
demorava uma década foi possível em menos de um ano e isso dá-nos mais esperança para vencer esta
pandemia.
Por isso, Sr.as e Srs. Deputados, a importância da pandemia não pode e não deve ser motivo de demagogia
ou de aproveitamento político. Recusar uma vacina pode parecer popular, mas é, na verdade, esconder o risco
de que, não sendo vacinado, pode pôr em perigo a vida de outros.
Aplausos do PS.
A esta emergência sanitária não esquecemos a emergência económica e social e, por isso, respondemos,
de imediato, à emergência económica, para que o nosso tecido industrial, o nosso tecido empresarial não fosse
esmagado.
Protegemos o rendimento e o emprego.
Desde o início da pandemia, injetámos na economia portuguesa cerca de 22 000 milhões de euros de apoios,
numa resposta robusta e necessária para evitar a degradação do tecido empresarial.
O Sr. Presidente: — Já ultrapassou o tempo de que dispunha, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Termino já, Sr. Presidente. Mas à nossa resposta de emergência económica demos também uma resposta social, porque, para lá das nossas divergências, a verdade
é que esta pandemia mostrou que sem um Estado social forte não teríamos conseguido acorrer a tantos e tantos
portugueses.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr.ª Deputada!
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Estou a terminar, Sr. Presidente.