13 DE MAIO DE 2021
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O rácio da dívida, efetivamente, melhorou, mas melhorou porque, desde 2015, a economia portuguesa
cresceu e, sobretudo, desde 2017, 2018 e 2019 não só cresceu como cresceu acima da média europeia e
voltámos a convergir com a União Europeia. Essa é a razão pela qual o rácio da dívida teve essa evolução.
Aplausos do PS.
O Sr. Deputado diz meia verdade. É indiscutível: não fosse a política do Banco Central Europeu, nenhum
país europeu, …
Vozes do PSD: — Ah!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … salvo, talvez, a Alemanha e poucos mais, estaria a beneficiar de um contexto de baixa de taxa de juro.
Mas essa intervenção do Banco Central Europeu iniciou-se, como se recorda, em 2012, repito, em 2012!
Ora, o gráfico que tenho aqui para lhe apresentar não remonta a 2012, remonta, precisamente, a 2017, ao
mês seguinte à alienação do Novo Banco.
O orador exibiu o documento já exibido anteriormente.
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Mostre o que está para trás!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Nessa altura alterou-se alguma coisa por parte do BCE?! Não! O que se alterou foi que os mercados ficaram com confiança de que as finanças públicas portuguesas não
voltariam a ser afetadas por uma nova crise financeira como aquela que se anunciava com a liquidação com
data marcada para o Novo Banco.
Aplausos do PS.
Quanto à última questão, Sr. Deputado, desconheço em absoluto a abertura de qualquer inquérito. Devo
dizer que me custa muito a acreditar que tenha havido a abertura de um inquérito por delito de opinião…
Vozes do CDS-PP: — Oh!
O Sr. Primeiro-Ministro: — … ou por participação do funcionário na elaboração de um documento de contestação a uma decisão do Governo.
O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, vou já concluir. Ficaria muito surpreendido. Mas, se isso aconteceu, obviamente, é absolutamente inaceitável, seja no
Ministério das Finanças, seja em qualquer outro ministério.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — É a vez do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda. Tem a palavra, para fazer perguntas, a Sr.ª Deputada Catarina Martins.
A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, houve, entre o Bloco e o Governo, dois pontos essenciais de desacordo relativamente ao Novo Banco.
Em primeiro lugar, e ao contrário da ficção criada pelo Governo de uma venda sem custos, o Bloco sempre
considerou que todos os fundos injetados pelo Fundo de Resolução são de natureza pública e recaem sobre