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I SÉRIE — NÚMERO 64

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foram fundamentais, sobretudo para que, a partir de agora, com o fim da pandemia, possamos rapidamente

avançar como País, não deixando ninguém para trás.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro, houve, de facto, uma resposta a esta crise muito distinta da resposta às crises anteriores.

Alguns tiveram a ilusão de que iríamos responder a esta crise com austeridade, para, aí, terem a

oportunidade de dizer: «Cá está o Governo do PS a fazer a política da direita.» Enganaram-se e vão continuar

a enganar-se.

Aplausos do PS.

A partir de 2015, demonstrámos que a recuperação económica se faz não com austeridade mas

combatendo a austeridade. Isso é fundamental para a confiança dos agentes económicos, isso é fundamental

para sustentar o rendimento das famílias, isso é fundamental para apoiar emprego. A chave da estabilidade e

da situação económica que conseguimos alcançar foi graças à capacidade que tivemos de manter emprego.

Isso é claramente reconhecido pela União Europeia.

Se olharmos para os gráficos, percebemos que, depois da brutalidade desta crise, evoluímos de uma taxa

de desemprego que estava em 6,5%, em 2019, para uma taxa de desemprego que, estima-se agora, ficará

nos 6,8% ou 6,9%, daí a importância que teve o conjunto de medidas que adotámos para a proteção do

emprego.

Foi um ano recordede aumento do investimento da despesa com a segurança social. E a diferença é esta:

o ano passado não foi o ano do aumento de impostos, não foi o ano do corte das pensões, não foi o ano do

corte das prestações sociais, foi o ano em que aumentou 12% a despesa com a segurança social, para apoiar

o rendimento e o emprego das famílias.

Aplausos do PS.

O País está bem? As famílias estão bem? As empresas estão bem?

Vozes do PSD: — Não!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Claro que não! Estamos a enfrentar uma dramática crise económica e uma dramática crise social. Mas ninguém tem dúvidas de que, se para responder a esta crise tivéssemos seguido a

política que a direita seguiu, a situação, hoje, seria muitíssimo pior do que aquela que se verifica.

Aplausos do PS.

Foi graças às medidas que adotámos que já hoje estamos a encarar a possibilidade de recuperação, já no

próximo ano, do nível de crescimento económico que tínhamos em 2019.

Sei que irrito sempre muito o Sr. Deputado Cotrim de Figueiredo quando digo isto, mas vou dizê-lo: 2020 é

o ano que ficará para a história devido à COVID-19, mas também é o ano que ficará para a história como o

ano da derrota histórica do pensamento liberal face à defesa do Estado social.

Aplausos do PS.

De facto, foi o ano em que o Serviço Nacional de Saúde, a escola pública e a segurança social

responderam às necessidades efetivas das famílias, das empresas e de todos aqueles que necessitaram de