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I SÉRIE — NÚMERO 18

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Não, não é uma questão orçamental, Sr.ª Deputada, porque o excedente existe, mas não é à custa do Serviço

Nacional de Saúde.

O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — É à custa de quê?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Até este ano, já aumentámos em 56 % o orçamento do Serviço Nacional de

Saúde e, com a proposta de lei que temos aqui para a senhora votar — e, infelizmente, creio que a senhora vai

votar contra —, vamos aumentar em 72 % o orçamento do Serviço Nacional de Saúde.

O Sr. Duarte Alves (PCP): — Que é isso?

O Sr. Primeiro-Ministro: — Comparando com 2015, são mais 1200 milhões de euros de reforço do

orçamento do Serviço Nacional de Saúde.

Sr.ª Deputada, podem dizer-nos muita coisa, agora, de que temos regateado no financiamento ao SNS não

nos podem acusar.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Para um pedido de esclarecimento em nome do PAN, tem a palavra a Sr.ª Deputada

Inês de Sousa Real.

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro e restantes

membros do Governo, as famílias e as pequenas empresas estão já cansadas de que a fatura fiscal lhes bata

sempre à porta. Nesse sentido, na discussão deste Orçamento em sede de especialidade, teremos uma

oportunidade de mudar, de uma vez por todas, de endereço e, por isso mesmo, nessa sede, o PAN gostaria de

alterar, de uma vez por todas, esta morada.

O PAN está ao lado das famílias,…

O Sr. Bruno Nunes (CH): — As famílias do Bobi e do Tareco!

A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN): — … e, por isso, olhamos para a necessidade de revisão dos escalões

do IRS com maior ambição, aproximando-nos mais da taxa de inflação para que tenha uma repercussão direta

no alívio das famílias.

Olhamos também para a necessidade de manutenção do IVA zero, porque, para quem está em pobreza

extrema, isso pode significar a diferença entre comprar o pão, as massas ou os legumes, e perguntamos se está

disponível para nos acompanhar ou se vai continuar a enviar a fatura para os mesmos do costume.

Perguntamos ainda, em relação à habitação, que morada é que o Sr. Primeiro-Ministro vai preencher, afinal,

quando for para imputar a despesa a alguém. É que, quando foram chamados a ajudar a banca, os portugueses

estiveram presentes, mas, agora que se inverteram os papéis, agora que os portugueses e as empresas estão

com necessidades, a banca não só não tem mais responsabilidades, nomeadamente para suspendermos a

execução da casa de morada de família, como não há mais ambição, por exemplo, para o Porta 65. E não nos

esqueçamos das empresas, porque não há qualquer medida de renegociação dos empréstimos,

nomeadamente, para as pequenas e médias empresas (PME).

Mas passemos à mobilidade e à descarbonização, Sr. Primeiro-Ministro. Quando olhamos para este

Orçamento, verificamos que essa fatura bate à porta de quem tem boas práticas, e, mais uma vez, deixa de fora

quem mais polui e quem mais lucra.

Senão, vejamos: temos a gratuidade do passe para todos os jovens até aos 23 anos, medida que

acompanhamos, mas desde que estudemos, porque os demais não têm direito a esta gratuidade — aqui,

queremos mais ambição e perguntamos se está disponível para nos acompanhar.

É que basta olharmos para este Orçamento para verificarmos que as borlas fiscais que foram dadas nas

isenções sobre os produtos petrolíferos aumentam em 25 %, que é o equivalente a quatro vezes mais do que a

polémica taxa do IUC.