O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

31 DE OUTUBRO DE 2023

61

Portanto, esta era a inquietação que eu tinha.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — O Marques Mendes também é igual!

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Só uma pergunta, Sr. Primeiro-Ministro. Gostava de falar sobre o investimento,

e vou ser rápido, porque me parece muito relevante.

Desde 2015 até 2022, o investimento em Portugal aumentou 48 % — foi o dobro daquilo que se passou na

União Europeia —, obviamente com o contributo do investimento público, mas também com o contributo

significativo do investimento privado. O investimento privado, de facto, puxou bastante pela economia

portuguesa, representando hoje quase 20 % do PIB, o que é verdadeiramente extraordinário.

O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — 20 % do PIB?!

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Além disso, Portugal tem um contributo significativo do investimento direto

estrangeiro, aquele em relação ao qual a oposição à direita dizia: «Ai, ai, ai, ninguém vai investir em Portugal!

Com esta política de esquerda, é impossível!» Ora, a Ernst & Young publicou há pouco tempo um estudo que

diz que Portugal está no top 10 das economias que mais investimento direto estrangeiro conseguem atrair.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): ⎯ Exatamente!

O Sr. Carlos Pereira (PS): — Portanto, a pergunta, Sr. Primeiro-Ministro, é muito clara: é, ou não, verdade

que estes são sinais muito claros da confiança que os portugueses têm na economia portuguesa e, sobretudo,

nas políticas socialistas, que fazem aumentar o crescimento e fazem aumentar o investimento?

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Olha, faz lá outra, agora a sério.

O Sr. Presidente: — Para um pedido de esclarecimento, em nome do PSD, tem a palavra o Sr. Deputado

Paulo Moniz.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): ⎯ Ui! Agora…

O Sr. Paulo Moniz (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.

Primeiro-Ministro, depois da análise à sua proposta de Orçamento, tenho de lhe fazer uma primeira pergunta: o

senhor sabe mesmo que existe o arquipélago dos Açores?

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Paulo Moniz (PSD): — É que, de facto, antes de analisar o seu Orçamento, a sua proposta, tinha a

esperança, este ano, de que o seu Governo e o senhor tivessem visto a luz. Mas das propostas estruturais,

sempre ditas e prometidas, inclusive pelos vossos ministros, como a da cadeia de Ponta Delgada, a da cadeia

da Horta, a do contrato-programa da Universidade dos Açores, de todas estas promessas, nem uma consta da

sua proposta de Orçamento do Estado. Este é um Orçamento do Estado que desrespeita os Açores, e muito!

Aplausos do PSD.

Como se não bastasse, continuam em dívida 60 milhões de euros aos Açores.

Sr. Primeiro-Ministro, sabe que há duas semanas aprovou, no Conselho de Ministros, a autorização da

despesa para abrir um concurso para as obrigações de serviço público, para que os açorianos do Faial, Pico e

Santa Maria possam viajar. Repare: há duas semanas é que fez a autorização da despesa.