31 DE OUTUBRO DE 2023
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as áreas estruturantes para o País, destacando-se a maior dotação de sempre para a cultura, área da qual,
naturalmente, o PSD não irá querer falar.
O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): ⎯ Muito bem!
A Sr.ª Mara Lagriminha Coelho (PS): — Sr. Primeiro-Ministro, como diria António Gedeão, «eles não sabem
nem sonham», porque sempre que a direita governou, o que fez foi cortar nas verbas, ou no financiamento para
a cultura, e eliminar o ministério.
Aplausos do PS.
Mas nós sabemos, o setor sabe e os portugueses sabem que sempre que o PS governa, o investimento na
cultura pula e avança.
A Sr.ª Carla Madureira (PSD): — É cá um avanço!
A Sr.ª Mara Lagriminha Coelho (PS): — Sr.as e Srs. Deputados, desde 2015, o valor do programa
orçamental da cultura cresceu 174 %.
Mas vamos além das verbas: estamos a empreender um trabalho estrutural para o setor, para os territórios,
através da promoção e apoio à criação artística, com mais igualdade, menos precariedade e mais preservação
do nosso património.
Para isso, continuaremos firmes, a prosseguir o caminho de institucionalizar, modernizar e democratizar o
acesso à cultura. É assim, com uma das maiores reformas desta Legislatura, que, a partir do próximo ano, se
transformará a visão estrutural da gestão do património, com o início da atividade da Museus e Monumentos de
Portugal e do Instituto do Património Cultural. Teremos maior autonomia e flexibilidade de gestão, com uma
atenção reforçada à oferta, aos públicos, ao território e à internacionalização.
É assim, ao darmos maior previsibilidade nos apoios às artes, que damos mais segurança ao setor, que
cresceu este ano 114 % nos apoios sustentados.
Aplausos do PS.
Por isso, reforçamos o orçamento da DGArtes (Direção-Geral das Artes) e iremos criar um apoio dirigido a
territórios vulneráveis, em parceria com a nova agência para as migrações.
É assim, com a consolidação dos apoios no âmbito da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, da Rede
Portuguesa de Arte Contemporânea e da Rede Portuguesa de Museus, o que permitirá um trabalho partilhado
com as autarquias locais.
É assim, com o reforço dos orçamentos dos teatros nacionais e o aumento das indemnizações
compensatórias pagas, reconhecendo o seu papel e importância.
Sr. Primeiro-Ministro, a cultura pula e avança sempre que governamos, porque reconhecemos que é
essencial para o desenvolvimento do País, de norte a sul.
Para isso, o PRR tem sido, de facto, um instrumento fundamental. É ver, por exemplo, as obras no Convento
de Cristo, em Tomar, no Museu Nacional da Música, em Mafra, nos teatros nacionais, no Convento de Nossa
Senhora da Saudação, em Montemor-o-Novo, e em tantas outras pelo País.
É por isso, Sr. Primeiro-Ministro, que lhe pergunto se esta trajetória de não deixar a cultura para trás é para
continuar, cumprindo, até 2026, o objetivo dos 2,5 % da despesa discricionária do Estado.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — O último pedido de esclarecimento cabe ao Sr. Deputado Alexandre Poço, do Grupo
Parlamentar do PSD.