O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

28 DE NOVEMBRO DE 2023

31

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para uma intervenção, pelo Grupo Parlamentar do Chega, tem a palavra

o Sr. Deputado Rui Afonso.

O Sr. Rui Afonso (CH): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, no dia

15 de setembro de 2022, António Costa assumiu a meta de Portugal passar de 15 000 para 26 000 camas para

estudantes até 2026, reconhecendo a falta de alojamento como um dos maiores obstáculos no acesso ao ensino

superior. Contudo, esse mesmo objetivo já tinha sido delineado em 2018, com o prazo-limite definido para 2022.

Aqui, Sr.as e Srs. Deputados, é mais uma vez comprovada a total incapacidade dos sucessivos Governos

socialistas para cumprirem as suas promessas.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Muito bem!

O Sr. Rui Afonso (CH): — De acordo com as notícias vindas a público, no verão de 2023, cerca de 108 000

alunos no País encontravam-se deslocados e somente 15 % dos mesmos tinham acesso a um espaço numa

residência universitária, o que é bastante preocupante.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — É uma vergonha!

O Sr. Rui Afonso (CH): — Pelo exposto, o Chega entende que uma opção a considerar para aumentar a

oferta de alojamento estudantil, no curto prazo, é incentivar o arrendamento a estudantes do ensino superior

pela via do alívio fiscal aos seus proprietários. Assim, propomos a possibilidade de os rendimentos provenientes

de rendas de contratos estabelecidos com alunos do ensino superior, durante os anos letivos de 2023-2024 e

2024-2025, serem tributados autonomamente à taxa de 10 %.

Vozes do CH: — Muito bem!

O Sr. Rui Afonso (CH): — Essa opção visa incentivar, de forma imediata, todos os proprietários que

disponibilizem as suas unidades de alojamento a estudantes do ensino superior, sem que sacrifiquem os seus

rendimentos, para que, cumulativamente, possibilitem oferta a preços mais reduzidos.

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para uma intervenção, pelo Grupo Parlamentar do PSD, tem a palavra o

Sr. Deputado Afonso Oliveira.

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Srs. Secretários de Estado, Srs. Deputados,

estamos a discutir um Orçamento do Estado de um Governo demissionário, um Governo que não terá a

responsabilidade de o executar, felizmente para os portugueses! Estamos a discutir um Orçamento que bate

todos os recordes de carga fiscal. Isso já foi aqui dito e temos de o repetir até à exaustão, porque este Governo

não o perceberá nunca.

O PSD, neste Orçamento do Estado, apresentou propostas para melhorar a vida dos portugueses, que estão

sufocados com a máquina de cobrar impostos que é o Governo do Partido Socialista. O PSD apresentou uma

proposta de alteração — é essa que estou aqui hoje a apresentar — que visa criar uma isenção de IRS para os

trabalhadores que recebam, a título de prémios de produtividade ou de cumprimento de objetivos definidos pelas

empresas, até um montante de 6 % da remuneração média regular de um trabalhador, ao longo de 12 meses

de trabalho. Garantimos, assim, um prémio fiscal aos trabalhadores, para uma remuneração que resulta do

esforço dos trabalhadores nos resultados económicos das empresas. Fazemo-lo sempre com um objetivo:

atribuir uma vantagem a quem trabalha, reduzindo assim o esforço fiscal imposto pelos Governos socialistas.

Vejam bem, Sr.as e Srs. Deputados, Portugal tem um sério problema de produtividade. Isto tem sido discutido

até a exaustão, mas, muitas vezes, este tema não é trazido como deve a estes debates.

Portugal está há uma década a divergir da Europa, tem vindo a ser sucessivamente ultrapassado pelos

próprios parceiros europeus e é hoje um dos países com pior produtividade da União Europeia, que é de 74,8 %