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28 DE NOVEMBRO DE 2023

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O estrutural, que é esta iniquidade, esta injustiça fiscal, mantém-se quer na proposta do PS, quer da proposta

na direita. A alternativa é aquela que o Bloco de Esquerda propõe.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para uma intervenção sobre a mesma temática, tem a palavra a

Sr.ª Deputada Isaura Morais.

A Sr.ª IsauraMorais (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Srs. Secretários de Estado, Sr.as e

Srs. Deputados, a taxa de poupança dos portugueses manifesta uma clara tendência decrescente: 2022 teve o

valor mais baixo de sempre.

No final do segundo semestre deste ano, a taxa de poupança dos Estados-Membros da zona euro era o

dobro da das famílias portuguesas. O aumento do custo de vida, a subida das taxas de juro e o aumento da

inflação, que não foram acompanhados pelo aumento dos rendimentos das famílias, ajudaram a explicar a queda

desta taxa.

Mas não só: não foi prioridade do Governo socialista implementar políticas de incentivo à poupança, que

fomentassem e valorizassem as poupanças e o exemplo disso é a forma excessiva com as tributa.

O PSD propõe para depósitos a prazo e instrumentos financeiros similares, quando o seu valor não exceda

os 100 mil euros por sujeito passivo, que a taxa sobre os rendimentos dos capitais passe dos atuais 28 % para

10 %.

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Isaura Morais (PSD): — Os portugueses merecem ter a liberdade de adiar o consumo no presente,

para consumir ou investir no futuro, sem serem tão excessivamente tributados.

Ainda ontem ouvia o ainda Primeiro-Ministro reconhecer a importância dos saldos das contas do Estado, o

mesmo Estado que tributa excessivamente as poupanças dos portugueses.

Com o PSD, os portugueses também podem e devem depositar confiança no futuro.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Discutimos agora a proposta 770-C, apresentada pelo PSD, que adita um

artigo 140.º-A — Aditamento ao Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Inês Barroso, do PSD.

A Sr.ª Inês Barroso (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Srs. Secretários de Estado, Sr.as e

Srs. Deputados, um docente que resida em Valpaços e fique colocado em Aljustrel, a 570 km, não tem apoios

para alojamento, e se ficar a 300 km, a 200 km ou a 100 km, é igual, não terá apoio.

Até agora, o que fez o Governo Socialista para que os docentes conseguissem condições dignas de

alojamento? Em oito anos, a única medida que o Governo encontrou, e já no presente ano letivo, foi a de

disponibilizar 29 casas de alojamento para professores, tendo atribuído apenas 15, repito, 15.

Portanto, sem terem apostado em políticas estruturais, vêm agora, e de repente — vá-se lá saber porquê! —

, com pompa e circunstância, fazer mais um paliativo: o apoio à renda a docentes deslocados a mais de 70 km

de residência, mas, e mais uma vez, apenas para os que fiquem colocados nas escolas das regiões de Lisboa

e Vale do Tejo e Algarve.

Portanto, perante esta medida, ou seja, com um apoio que está agora orçamentado em 8 milhões de euros

— uma gota de água no oceano de um Orçamento do Estado — a primeira questão que se coloca é porque é

que não a adotaram há mais tempo.

O Sr. António Cunha (PSD): — Muito bem!