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28 DE NOVEMBRO DE 2023

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Sr.as e Srs. Deputados, estas propostas de alteração, entre outras, representam um avanço que se soma à

reforma que construímos, que soma soluções à urgência que se vive no País para resolver a crise de habitação.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Passamos, agora, à proposta 1464-C2, do Grupo Parlamentar do PSD, de

aditamento de um artigo 143.º-A — Avaliação do regime do residente não habitual. Para a apresentação da

proposta, tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula Cardoso.

A Sr.ª Paula Cardoso (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs. Deputados, este

Governo anunciou o fim das novas restrições no regime especial de IRS para os residentes não habituais. Com

a sua revogação, estava previsto que quem se mudasse para Portugal, em 2024, já não adquirisse o direito a

beneficiar, durante 10 anos, de um imposto mais baixo. Mas entre a entrega da proposta do Orçamento do

Estado e a apresentação das propostas de alteração, a bancada do Partido Socialista decidiu recuar.

Para o PSD, este assunto é muito claro. Não andamos com avanços e com recuos, nem criamos um regime

e acabamos com ele de um dia para o outro. O PSD não pode aceitar que se tomem decisões de terminar

abruptamente com este regime sem a realização de um estudo que permita perceber os seus efeitos. Desde

logo, porque este regime trouxe, anualmente, mais de 2 mil milhões em impostos, receita que desaparecerá,

contrariando a tão apregoada prudência orçamental do PS.

Para além disso, coloca Portugal em grande desvantagem face a Espanha e Itália, que têm idêntico regime,…

O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — Não queremos criar riqueza!!

A Sr.ª Paula Cardoso (PSD): — … e mais não é do que uma quebra de confiança para quem quer vir para

cá viver ou investir, ou para quem já tinha alterado a sua residência fiscal para Portugal, confiante na vigência

deste regime.

Não brinquemos com as legítimas expectativas das pessoas. O PSD quer que este regime seja avaliado de

forma desapaixonada e que se avalie o seu efetivo contributo para a economia e mesmo para o Orçamento do

Estado.

O PS, ao propor revogar o regime no Orçamento do Estado e ao voltar a propor um regime transitório de um

ano, mostra que anda, como o povo diz, aos papéis. Porquê um ano? Deixem-se de «achismos»! Estudem e

avaliem as medidas antes de as proporem, que é o que o PSD pretende fazer com a sua proposta de alteração,

que visa, precisamente, avaliar este regime do residente não habitual.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Passo agora a palavra ao Governo, com o Sr. Secretário de Estado dos

Assuntos Fiscais, Nuno Félix.

O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais (Nuno Santos Félix): — Sr. Presidente, Sr.as e

Srs. Deputados, ouvimos hoje, neste Hemiciclo, que o Governo tem vindo a anunciar que, ao longo dos últimos

anos, tomou medidas de política que conduzem a uma redução dos impostos, a uma redução do IRS, que

ascende a 4 mil milhões de euros.

Protestos do Deputado da IL Carlos Guimarães Pinto.

Foi aqui perguntado como é que isto é possível. Bom, é fácil de explicar, Sr.as e Srs. Deputados. No final de

2015 e em 2016, tivemos a extinção da sobretaxa do IRS, que era paga por quase 2 milhões de famílias. No

Orçamento do Estado para 2018, foi o desdobramento de 5 para 7 escalões. No Orçamento do Estado para

2020, o aumento da dedução para o segundo filho e a criação do IRS jovem. No Orçamento do Estado para

2022, um novo desdobramento de escalões e a reformulação do mínimo de existência. No Orçamento do Estado

para 2023, o reforço do IRS jovem e a redução da taxa de IRS no segundo escalão.