O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

28 DE NOVEMBRO DE 2023

41

O Sr. Rui Vilar (PSD): — Depois de oito anos deste Governo socialista, vemos o PS clamar, como se fosse

uma vitória sua, o tímido crescimento económico e o aumento do salário mínimo. Mas esquecem-se de referir

que tanto o crescimento económico como a subida do salário mínimo foram, em grande parte, sustentados pelas

empresas — pelo seu esforço, pela sua dedicação e pela sua eficiência.

Mas o legado que o Partido Socialista nos deixa ao fim destes oito anos é do completo esquecimento desse

esforço das empresas, com quase nenhuma medida fiscal que as ajude ou que as incentive. Só o fazem e

fizeram à custa do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência).

Por isso, a nossa proposta é clara: queremos reconhecer e apoiar as empresas de forma direta. Por esse

motivo, e para terminar, Sr. Presidente, do que se trata aqui é de enviar um forte sinal de reconhecimento às

empresas e de incentivo à economia. Queremos não só que saibam que o esforço dos últimos anos é

reconhecido, como também queremos incentivar e apoiar para o futuro, para termos melhores condições e

melhores salários.

O PSD não podia ser mais claro. Resta saber o que vai o Partido Socialista fazer. E quando falo do Partido

Socialista refiro-me à bancada do Partido Socialista, porque, como já percebemos com o IUC, o Governo já não

manda nada, quem manda é a bancada do Partido Socialista. Portanto, o desafio fica à bancada do Partido

Socialista.

O Sr. António Cunha (PSD): — Bem lembrado!

Protestos do PS.

O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — É o Pedro Nuno que manda!

O Sr. Rui Vilar (PSD): — O desafio é simples e claro: o que pergunto à bancada do Partido Socialista é se

vai continuar a esquecer as empresas ou se vai junta-se ao PSD nesse desígnio.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para uma intervenção, ainda no âmbito do mesmo artigo, tem a palavra o

Sr. Deputado Carlos Brás, do Grupo Parlamentar do Partido Socialista.

O Sr. Carlos Brás (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, inicio esta

minha intervenção com uma pergunta meramente retórica, sobretudo para os Srs. Deputados da direita.

Se acreditam em milagres, ainda antes de ouvir as vossas profissões de fé, proponho um exercício de lógica

muito simples.

Protestos do Deputado da IL Rodrigo Saraiva e do Deputado do PCP Bruno Dias.

Imaginem um contexto de crise pandémica mundial. Imaginem um cenário de guerra na Europa e no Médio

Oriente. Imaginem um cenário de escassez e dificuldade de fornecimento de matérias-primas, um cenário de

inflação acentuada e até um cenário de subida de juros.

Se, ainda assim, tivemos crescimento em vez de recessão, como alguns vaticinavam há bem pouco tempo;

se o PIB cresce, tem crescido e vai continuar a crescer acima da média europeia; se o emprego está em máximos

históricos; se os salários sobem como nunca, subindo essencialmente mais os mais baixos; se o desemprego

se mantém perto dos 6 %; se as exportações batem recordes; se o investimento público sobe para máximos de

sempre; se o investimento direto estrangeiro apresenta os maiores valores de sempre; se Portugal tem ao seu

dispor o maior volume de fundos europeus de sempre; e se a dívida pública, ainda assim, continua a baixar

consecutivamente, Sr.as e Srs. Deputados, admitindo que poucos de vocês acreditem em milagres, ainda que

sejam proclamados por um Prémio Nobel da Economia, têm de concordar que isto é fruto das boas políticas

públicas do Partido Socialista para a economia.

Risos do Deputado da IL Carlos Guimarães Pinto.