I SÉRIE — NÚMERO 26
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O Sr. Bruno Dias (PCP): — É isso mesmo! O Sr. João Dias (PCP): — Aquilo a que assistimos é que o PS rejeita todas as propostas que o PCP aqui
apresenta, propostas que, na verdade, salvariam o Serviço Nacional de Saúde da degradação a que o PS o tem levado. Há, também, aqueles que nunca quiseram o Serviço Nacional de Saúde, como é o caso do PSD, ou aqueles que vêm dizer bem do Serviço Nacional de Saúde, tipo vendedores da banha da cobra — como é o caso do Chega e da Iniciativa Liberal —, mas que o que querem é destruí-lo, o que querem é entregá-lo nas mãos do privado.
Protestos do CH. O PCP, pelo contrário, identifica os problemas para resolver as dificuldades,… Aplausos do PCP. … nomeadamente, através da dedicação exclusiva. Protestos do CH. Sim, Sr. Secretário de Estado, é dedicação exclusiva aquilo os profissionais de saúde solicitam,… O Sr. Pedro Pinto (CH): — É uma vergonha! Não tem vergonha! O Sr. João Dias (PCP): — … não é dedicação plena, com a sobrecarga de horários, com mais dificuldade
para prestar cuidados. O Sr. Secretário de Estado sabe muito bem o que é a compatibilização entre a vida profissional e a vida
familiar e social, sabe muito bem o que é a segurança clínica, sabe muito bem o que é a qualidade nos cuidados de saúde, mas não está preocupado com ela, não está preocupado com nada disso.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — É uma vergonha! Seis Orçamentos! O Sr. João Dias (PCP): — É por isso que rejeitam as soluções que o PCP coloca em cima da mesa, como
o reforço dos cuidados de saúde primários, o reforço dos cuidados continuados integrados, o reforço dos cuidados paliativos ou o reforço da saúde mental. O que é que o PS faz? Rejeita as nossas propostas, como os incentivos à fixação nas regiões onde temos falta de médicos, falta de enfermeiros. Nada disto o PS está disponível para valorizar, porque ao PS não interessa salvar o Serviço Nacional de Saúde.
O Sr. Duarte Alves (PCP): — Exatamente! O Sr. João Dias (PCP): — Além de permitir que o privado faça o cerco que está a fazer — porque lhe
interessa o lucro que faz com a doença —, também permite que exista uma grande transferência de verbas para o privado.
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Peço que conclua, Sr. Deputado. O Sr. João Dias (PCP): — Vou concluir, Sr.ª Presidente, falando muito rapidamente de dois aspetos. Neste Orçamento do Estado, são mais de 8 mil milhões de euros que vão diretamente para o privado, são já
50 % do Orçamento do Estado para a saúde. O Sr. Pedro Pinto (CH): — E a Festa do Avante!? E a Atalaia?