I SÉRIE — NÚMERO 27
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Aplausos do PS. A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, peço a palavra. O Sr. Presidente: — Para que efeito, Sr.ª Deputada? A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, é para uma interpelação à Mesa sobre a condução dos
trabalhos. O Sr. Presidente: — Faça favor, Sr.ª Deputada. A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, peço esta interpelação à Mesa para que não fique nenhum
equívoco relativamente àquelas que são as palavras do PCP. Nós, nunca, em momento algum, dissemos que o PS era igual ao PSD, à Iniciativa Liberal e ao Chega.
Vozes do PS e do PSD: — Ah…! O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não vale tudo! Não vale tudo! A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Aquilo que nós dizemos, e que está comprovado nas posições que estas
forças políticas assumem, é que, no que toca à salvaguarda dos interesses dos grupos económicos, como a atribuição de benefícios fiscais, todas essas forças políticas estão de acordo. E esta é a verdade, basta ver a votação na Assembleia da República!
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Isto é uma intervenção! A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Quando toca à defesa dos direitos dos trabalhadores e à eliminação das
normas gravosas da legislação laboral, todas estas forças políticas estão de acordo na recusa dessas mesmas propostas.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Isto é uma intervenção! É uma vergonha! O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Isto é defesa da honra! A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Portanto, que fique claro: aquilo que nós dissemos é que o PS, tal como o
PSD, a Iniciativa Liberal e o Chega, são protagonistas da política de direita, e a verdade é que não dão resposta aos problemas das pessoas.
Aplausos do PCP. O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Deste lado não há comité central! O Sr. Presidente: — Passamos, agora, ao tempo reservado ao Bloco de Esquerda, tendo a palavra a Sr.ª
Deputada Isabel Pires. A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.as Deputadas, Sr.ª Ministra, Sr. Primeiro-
Ministro, este será mais um Conselho Europeu que se realiza num contexto de agravamento severo das condições em Gaza, de que já aqui falámos, e, de facto, não podemos deixar de assinalar a última tentativa de António Guterres para obter um acordo no Conselho de Segurança das Nações Unidas para o cessar-fogo, que, como sabemos, saiu gorado.
Gaza vive atualmente uma situação cada vez mais insustentável, impossível do ponto de vista humanitário, sem água, sem luz, sem alimentos, sem medicamentos, praticamente sem hospitais a funcionar e sem sítios