I SÉRIE — NÚMERO 27
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públicos, proteger a natureza e garantir o uso sustentável dos recursos naturais, combater as desigualdades e as assimetrias, promover a paz, a cooperação e a solidariedade entre os povos.
É preciso pôr fim à guerra e promover a paz. Acabar com o sofrimento dos povos assolados pela guerra, seja na Europa, seja no Médio Oriente. São quase 20 000 o número de palestinianos mortos só nos últimos dois meses, em consequência da escalada de agressão de Israel contra o povo palestiniano. Não podemos também deixar de denunciar e condenar o veto cúmplice dos Estados Unidos da América à resolução do Conselho de Segurança que apelava ao cessar-fogo.
A questão que se coloca é a seguinte: que diligências vai tomar para que se alcance o cessar-fogo imediato e para que se dê cumprimento à solução de dois Estados — a criação do Estado da Palestina, com capital em Jerusalém, e as fronteiras definidas em 1967, de acordo com as resoluções aprovadas das Nações Unidas?
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, já excedeu muito o seu tempo. A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Estou mesmo a terminar, Sr. Presidente. Que iniciativa vai tomar para que a União Europeia reconheça o Estado da Palestina? E já agora, não é hora
de Portugal reconhecer também o Estado da Palestina? Aplausos do PCP. O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro. O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Paula Santos, a Sr.ª Deputada devia refletir um
pouco e talvez constatar que quanto mais vezes o PCP insiste em dizer que o PS é igual ao PSD, à Iniciativa Liberal, ao CDS e ao Chega, menos os portugueses acreditam no PCP.
Risos do CH.Protestos do PCP. Porque se há coisa que os portugueses têm bem claro na sua diferença é a profunda diferença que existe
entre o PS e a direita. Aplausos do PS. Se há coisa que os portugueses têm bem presente na sua mente é a mudança extraordinária que aconteceu
no nosso País desde que virámos a página da austeridade, em 2015,… O Sr. Pedro Pinto (CH): — Exatamente! Depois o casamento acabou! O Sr. Primeiro-Ministro: — … e aquilo que tinha sido a experiência governativa da direita, e que a direita
promete, outra vez, voltar simplesmente a repetir — vá lá o diabo —… Neste momento, o orador bateu três vezes com a mão no tampo da bancada. … se o diabo da direita reaparecer na governação do nosso País. O Sr. Pedro Pinto (CH): — Ele anda aí! O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Deputada, é muito fácil as pessoas perceberem, porque a direita significa
corte de salários, corte de pensões. O que a governação do PS, em grande parte apoiada pelo PCP, até se ter cansado, significou um aumento do salário mínimo nacional de 62 %.