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4 DE JANEIRO DE 2024

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A Sr.ª Inês de Sousa Real (PAN) — É que cá estaremos, seja neste processo, seja na próxima Legislatura, para retomarmos e insistirmos no fim dos estágios profissionais não remunerados, para que milhares de estudantes de enfermagem possam, efetivamente, ter acesso a estes estágios.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Isso não se aplica aos médicos e aos enfermeiros! É aos

advogados! Protestos do Deputado do PS Luís Soares. A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Pires, do

Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda. A Sr.ª Isabel Pires (BE) — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Sr.as Deputadas: Sobre a discussão que estamos

a ter agora, já em junho de 2023 e, depois, novamente, em julho, em Plenário, tivemos basicamente a mesma intervenção, ou seja, de que estávamos perante, como já todos e todas aqui disseram, um processo perfeitamente atabalhoado.

A proposta de lei que estava na altura em cima da mesa para discussão era uma verdadeira amálgama dos vários regimes, das várias ordens, até que, a determinada altura, em partes desse documento, se confundia o serviço social dos assistentes sociais no capítulo reservado à Ordem dos Fisioterapeutas. Portanto, foi uma grande confusão o que foi apresentado.

E aí também dissemos — e é importante referir, porque o Partido Socialista gosta de dizer que isto já vem da anterior Legislatura — que o Governo tinha podido apresentar esta proposta, assim o quisesse, exatamente com muito mais tempo do que a apresentou e em diálogo com as ordens profissionais. É que quando se fala da falta de diálogo, não são os partidos políticos que o dizem; foram as ordens profissionais que vieram dizer publicamente que não tiveram o tempo necessário para avaliação, para apresentar propostas, para fazer críticas, etc.

Mas, em julho de 2023, apesar de todo este processo em cima do joelho, o Governo, e o PS, garantia que haveria tempo para fazer o processo de especialidade, ouvindo todos e todas os que seria necessário, sem grandes pressas. A verdade é que passou julho, entrou agosto e, em outubro, estávamos já a discutir o texto final, que agora temos de voltar a apreciar.

Portanto, aquilo que fica deste processo é uma total falta de respeito, não só pelo processo legislativo na Assembleia da República, mas, acima de tudo, uma grande falta de respeito para com vários profissionais, nomeadamente com os profissionais de saúde, neste caso, médicos e enfermeiros.

Aquilo que o Partido Socialista quis fazer, porque se prestou a esse papel, foi um processo atabalhoado, apressado, com amálgamas, priorizando as exigências de Bruxelas, aparentemente por causa do PRR, e ignorando completamente as necessidades do País, em particular de médicos e enfermeiros. Essa era a última nota que queríamos deixar.

A verdade é que, depois de todos estes debates e depois de todo este processo completamente atabalhoado que o Governo fez, os profissionais, nomeadamente médicos e enfermeiros, continuam com extremas dificuldades no Serviço Nacional de Saúde, mas a isso, já sabemos, o Partido Socialista não quer dar uma única resposta.

Aplausos do BE. A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — A Mesa não dispõe de mais inscrições, portanto, vamos passar ao

quarto ponto da nossa ordem do dia, que diz respeito à reapreciação dos Decretos da Assembleia da República n.os 107/XV — Alteração ao Estatuto da Ordem dos Advogados, 102/XV —Alteração ao Estatuto da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução e à Lei n.º 77/2013, de 21 de novembro, e 105/XV — Regime Jurídico dos Atos de Advogados e Solicitadores.

Também não dispomos de pedidos de palavra sobre este assunto. Pausa.