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II SÉRIE — NÚMERO 1

26.° A actuação do sócio gerente da Unacel, Sr. Orlando de Albuquerque, pautou-se sempre pelo escrupuloso cumprimento da legislação vigente, pelo manifesto interesse em evitar pertubações na e à empresa e em manter as correspondentes relações de trabalho dentro de um clima de serenidade, bem como pelo propósito inabdicável de defender a empresa dos atentados promovidos por alguns trabalhadores, mais interessados em criar conflitos —extropoláveis, até, para outras empresas distribuidoras e para a própria Central de Cervejas, E. P. — dó que em solucioná-los com objectividade, serenidade e dignidade para todos, no quadro das propostas para tal efeito oportunamente formuladas pela empresa.

27.° Aliás, a actuação do referido sócio gerente foi, neste como nos seus demais actos de gestão, orientada e acompanhada de muito perto pelo conselho de gerência da Central de Cervejas, E. P., que não tem, portanto, qualquer dúvida em assumir as suas responsabilidades na parte que lhe compete.

28.º E que as decisões adoptadas foram as correctas e as adequadas às infracções cometidas prova-o a circunstância de oito motoristas-vendedores terem solicitado da empresa compreensão e benevolência para a sua atitude irreflectida, comprometendo-se a cumprir na íntegra as suas tarefas, facto que a empresa devidamente relevou, bem como a circunstância de alguns dos trabalhadores despedidos pretenderem agora regressar à empresa, porque reconhecem terem sido manipulados e enganados pelo pequeno núcleo activista que esteve na origem de todo o sucedido, pedido que está a ser devidamente ponderado.

29." Por todo o exposto se pode retirar, com facilidade, a ilação sobre quem deliberadamente procurou criar um conflito na e à empresa, não obstante as tentativas previamente por esta feitas no sentido de encaminhamento do diferendo para os órgãos com competência legal para o dirimir.

30.° Aliás, que não houve da parte de alguns dos sindicatos com representação na empresa o intuito sincero de solucionar em tempo e por forma aceitável para ambas as partes a divergência para a qual a empresa propusera a solução já atrás referida comprovasse ainda pelo facto de, para além das ocorrências mencionadas em 18.° e 21.° da presente resposta, ter sido por eles desencadeada, em 27 e 28 de Abril próximo passado, uma greve que sabiam não poder deixar de agravar as condições do abastecimento ao mercado, não obstante tal greve hão ter sido seguida por número significativo dos trabalhadores da empresa, estimado em cerca de metade.

31.° A gerência da Unacel considera, com o total apoio deste conselho de gerência em representação do capital social que a Central de Cervejas, E. P., nela detém, que não deve ceder nunca à pressão de procedimentos ilegais, à intimidação da força, à emotividade das reivindicações e à irresponsabilidade das actuações provocatórias de lesão do seu património, de ofensa ao seu nome social e de atentado aos interesses da própria economia do País. A estabilidade que se verifica actualmente nas relações de trabalho da Unacel parece demonstrar que os trabalhadores verdadeiramente empenhados na manutenção dos seus postos de trabalho, no desenvolvimento da empresa e na consequente melhoria possível das suas condições laborais — e esses são a grande maioria —

serão os primeiros a defendê-la dos que, profissionalmente falando, não trabalham nem querem deixar os outros trabalhar.

32.° Aliás, afigura-se constituírem índices significativos de normalização atingida pela empresa o facto de, na sequência das rápidas providências tomadas com vista à admissão de substitutos para os motoristas-vendedores despedidos, o aumento de vendas, só de cerveja, ter sido da ordem de 39,04 % e 40,24 %, respectivamente, em Maio e Junho últimos, em relação a iguais meses do ano anterior.

33.° Isto demonstra, pois, que a gestão da Unacel conseguiu superar os obstáculos que se lhe quis levantar, bem como revela que a clientela da empresa se manteve totalmente insensível à falsa imagem que se pretendeu criar-lhe com pretexto na inverdade dos factos ocorridos e na inversão das responsabilidades dos mesmos, o que, aliás, só comprova o inêxito dos que continuam a supor que a maioria dos cidadãos deste país pode ser manipulada por slogans ocos e repetidos e ser joguete de interesses que não sentem, justificadamente, seus.

34.º É curioso, nesse sentido, confrontar a afirmação constante da segunda parte do ponto 6 do requerimento dos Srs. Deputados com os elementos que se anexam por fotocópia.

De tal confronto resulta que, da petição de duas folhas com quarenta e duas assinaturas, recebidas pela Unacel:

a) Trinta e três são assinaturas de clientes que

continuaram a comprar, como habitualmente, cerveja à empresa, o que se comprova pelas fotocópias de vendas posteriores a dinheiro, que igualmente se anexam;

b) Seis são assinaturas de pessoas cujos nomes

não constam das fichas de olientes da empresa;

c) Três são assinaturas ilegíveis.

35.° Por quanto precede, pois, se explica e justifica inteiramente a razão por que o conselho de gerência da Central de Cervejas, E. P., respondeu ao ofício do secretariado da Federação dos Sindicatos Rodoviários nos termos a que se alude no ponto 7 do requerimento dos Srs. Deputados, posição esta que mantém, aguardando serenamente o julgamento do tribunal competente, cuja decisão, seja qual for, naturalmente acatará, por coerência com os princípios que propôs desde o início do processo factual descrito e por respeito devido a qualquer decisão judicial, sem prejuízo do direito de recurso que no caso porventura caiba.

36.º Só que tal resposta, ao invés do que se afirma, não é estranha. Estranho seria, pelo contrário, que se pactuasse agora com soluções de prémio aos infractores e com compromissos abastardantes de uma linha de conduta que sempre foi clara e pautada pelos interesses da empresa, entendida no conjunto dos seus factores e elementos, e pelos interesses da economia do País.

37.° É lícito presumir, em consequência, que os Srs. Deputados requerentes poderão ficar a partir de agora devidamente esclarecidos. E que, em consequência também, não deixarão por certo de concluir que quer o conselho de gerência da Central de Cervejas,