O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

33 | II Série A - Número: 092 | 8 de Julho de 1981

ANEXO
(Carte do leitor rerferi’da n requermerto)
Pem ir a Alfama terá cJe ser em gtupos?
Sr. Director. — No passado dia 29 de Maio,
pelas 22 •horas e 30 min’utosi, seguia a pé pela
Thua do Terreiro do Trigo, corn destino a urn
restaunante tIpico de Aitfama, onde ia encontrar
me corn uns amigos para comernorarmos urn ani
versio.
Na zona de estacionamento, unto ao passeio,
estava uma carrinha da PSP prestes a arrancar.
Fora, dads guardas, urn dos quais disse, dirigin
do-se ao motorista: Espera aIi Perguntou-me
pelo bilhete tie identidade. Entreguei-tho. Abrindo
a porta da
cairriniha, acrescentou: (cEntão entre
para alL Tented explicar que ia a urn restau
rante tIpico, mas o guarda retorquiu: cdsto é
répido, vá Iá. Uma viagem rneio em pé, meio
acocorado, pcis a
carrinha
estava cheia, e as
22 horas e 40 minutos estava no Governo Civil.
Os ue tinham dada’ o bilhetes de identidade
sentaram-se ao fundo do átrio, os outros abei
rararn-se tie nina mesa, para serrn identificatios.
Pedi autorização, a urn dos guardas, para fazer
uma chamada telefónica. Disse-rne que so tinham
telefones internos. Fiz4he ver que tie casa se
pode telefonar para qualquer esquadra. Respon
deu que a ‘central do Cornando é que far as
ii’gaçöes. Sendo assim, também se pade colw4nicar no sentiido inverso.D ((Pols, mas teniha cal.
ma, que isto é rfrpido; daqui a pouco vai ernborä.D
Lamentandoane do transtorno que me estavam a
causar, retoxiquiu-me: ((Pois é. Vocês andam por
aqueles sItios. . .D
Dc conversa. corn a’s autros detidos, fiquei a
saber que tins eram de ‘fora tie Liboa e se din
giarn a Santa Apolónia quando foram convidados
a entrar na ca’rrin’ha; urn, depois do trabaiho, Ia
para as aulas; outros eram camionistas e tinham
a’s respectirvos veIculos tie trabalbo no Campo das
Cebo’las; urn lamentava-se que ia para o Barreiro,
c certamente perderia o barco; outros cram de
Alfama.
Exactaimente a meia-noite, urn sueito, trajando
a civil, chamou pelo rneu name. Corn o men
billete de identidade na sua mo, perguntou-rne
o nome. Disse-o pausadaniente. Voltou a pergun
tar. Voitci a responder. Devolvea-me a documen
to e mandou-me sair. Alias, fu a’ primeiro a sair,
mas cheio tie dores de cabeca, deivido a quanti
dade de fumadores presentes nurn recinto fe
chado.
Clara’ qiue, àq’uela hora, o jantar corn os amigos
era questão ue jä se não pnha, pela’ que resolvi
dirigir-me acasa, reiflectindq sabre & que acabava
de se passar.
Dos pensamentos, saltarn as seguintes pergun
tas: Será que corn rusgas deste tipo (carrinha pa
rada, urn sujeito passa e dizern-ihe que entre) a
PSP consegue atingir os seus objectivos, ou sO apa
nharn os que se vao mOter Ia por4’ue aquem não
dove, não temeD C avanca, despreocupadamenite,
no seu carnin’ho? Os ‘bairros tipicos da capital e
OS seus restaurantes estärão reservados aos turis
tas, e será que so a.ntiará descarisado em Alifarna
quem falar inglés e se desiocar em
igruipos tie
trinta? Se Alfama é, assim, urna zona tao horro
rosa, porque nào se poe arame farpado e proibem
as supostas pessoas (decentes) de lá entrar, para
• flão serern aicontarninadasD?
Ao famoso convite onheça Lisboa a Noites,
talvez convenha acrescentar que sO deve
conhec&.
-la ate uma certa hora, pois as 22 horas e 30 mi
nutos já d bastante tarde. — Mario Rogéric,
San
tos Aguiar — Lisboa.
Requerimento
Ex.rno
Sr. Presidente da Assenibleia da Repil
blica:
Recenternente, aparecerarn mortos milhares die pei
xes de várias espécies, na’s concethos tie Reguengos
e tie Mourão.
Na’s termos constitucionais e regimentais aplicáveis,
reqüeiro que, pelos Ministérios da Inddstria, Habita
cao e Obras Ptiblicas e da Qualidade tie Vida, me
sejam fornecidas as seguintesinformaç5es:
1) Quais as causas da poluiçäo verificadas?
2) E exacto consistir essa causa em efluentes cia
fábrica de celulose existente prôxirno tie
Mourão? . .
3’ E exacto que aquela fábrica näa dispOe de
qualquer éstacãa tie tratainent& de efluen
tes?
4) Que medidas tenciona o ‘Governo adoptar para
evitar a repeticilo de c&sos semeihantes’ e o
tratamento e repovoarnento do rio?
• Assembleia da Repéblica, 7 tie Jutho die 1981. —
o ‘Deputado do Partido ‘cia Accäo Socia1Democnata
Independente, Magalhaes Mota.
Requerimento ‘
Ex.mo
Sr. Presidente da Assembleia da Repti
blica:
Segundo dentincia oportunamente feita pelos seus
trabaihadores, o jornal A Tribuna, propriedade de
uma ernpresa cujo capital social não ultrapassava
os 100 000$, obteve empréstirnos bancários de várias
dezenas de milhares tie cantos.
Nos termos constitucionais e regimentals aplicáveis,
requeiró ao Governo, pelo Ministénio das Financas
e do Plano. informacao urgente sabre:
a) Qual ou quais bancos concederam emprsti
rnos ao referido jornal;
b) Que garantias foram oferecidas para a concre
tizacào daqueles empréstimos;
c) Se algum ou alguns empréstimos foram con
cedidos par indicacao de membros do Go
verno;
d)
Se tenciona o Goerno instaurar urn inquénito
para apuramento das condicoes contratuais.
Assembleia da Repüblica, 7 de Juiho de 1981. —
0 Deputado da
Acção Social-Demacrata Indepen
dente, Magalhães Mota.


Consultar Diário Original